sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

PRESENTE DE NATAL!


Papai Noel fumava um ... Sério ! Esse disco é muito foda! Diamante bruto do Reggae-Roots abençoado pela inspiração e voz de JACOB "KILLER" MILLER, que na opinião de muitos foi o mais importante front-man do reggae depois de BOB . O próprio MARLEY o convidou para substituí-lo no front dos THE WAILERS (ele já sabia que ia morrer de câncer). Amigo pessoal do homem, veio paro Brasil com Bob, jogou bola com CHICO BUARQUE e tudo mais... fumaram vários ! Participou do clássico THE ROCKER`S, longa metragem Jamaicano enfumaçado que virou cult. Tragicamente Jacob Miller não chegou assumir os vocais do THE WAILERS, morreu num acidente de carro logo depois da falecimento de BOB MARLEY . Voltando para o disco, destaques para: 04 - Natty No Santa Claus com trabalho vocal clássico do JACOB e 05 - All I Want for Ismas faixa que sugere de presente de Natal, um tijolo do massa ! Aumenta o volume e acende aquele... CLÁSSICO !
01 - Wish You a Merry Christmas.mp3
02 - Ahameric Temple.mp3
03 - Silver Bells.mp3

04 - Natty No Santa Claus.mp3
05 - All I Want for Ismas.mp3

06 - On the Twelve Day of Ismas.mp3
07 - Deck the Halls.mp3
08 - Jacob Miller & Ray - Bônus 1
09 - Jacob Miller & Ray - Bônus 2
10 - Jacob Miller & Ray - Bônus 3

torrent
OBS.: com todo respeito do blog Piratas do Porto

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Glossário do Jazz

A

Acorde - s.m. 1. Agrupamento de notas tocadas simultaneamente

Andamento - s.m. 1. A velocidade de execução de uma peça.

Arranjo - s.m. 1. A distribuição e ordem de execução do material sonoro de uma composiçao pelos diversos executantes. 2. Remontagem, com variados gruas de liberdade, dos elementos de uma composição pré-existente, preservando a identidade da peça mas dotando-a de um caráter diferente.

Atonal - adj. 1. Que não obedece aos princípios da tonalidade

B

Beat – [Inglês] 1. A pulsação básica de uma música.

Blues – [Inglês] Forma musical introduzida na música norte-americana no início do século XX, deriva das canções dos trabalhadores negros americanos (work songs). O blues constitui uma das estruturas essenciais do jazz. O blues possui uma estrutura praticamente inalterável de 12 compassos, assim constituídos: quatro compassos sobre o acorde de tônica (por exemplo, Mi Maior), dois compassos sobre o acorde de subdominante (no caso, Lá Maior), dois compassos sobre a tônica (Mi Maior), dois compassos sobre o acorde de sétima de dominante (Si com 7a) e finalmente dois compassos sobre o acorde de tônica (Mi Maior). No blues mais moderno e/ou elaborado, admitem-se certas liberdades harmônicas, por exemplo, nos acordes de passagem. As melodias do blues utilizam uma escala especial, derivada da escala maior, onde a terceira, a quinta e a sétima notas são abaixadas em meio tom (as chamadas blue notes).

Break – [Inglês] 1. Durante a execução de uma peça, momento em que todos os integrantes do conjunto param de tocar, exceto um deles, que executa um solo.

C

Cabeça – s.f. 1. O início da frase musical correspondente ao tema. 2. O primeiro tempo de um compasso.

Chorus – [Inglês] Um percurso completo através da progressão de acordes de um tema.

Combo – s.m. 1. Conjunto menor do que uma orquestra.

Compasso – s.m. 1. Unidade de organização rítmica de uma composição, composta por um número definido e usualmente pequeno de tempos. O compasso é delimitado na partitura por barras verticais. 2. Especificação, feita no início de uma partitura, por meio de um código numérico convencional, do número (2, 3, 4, etc) e do tipo de notas (colcheia, semicolcheia, semínima, etc) que os compassos irão comportar. O compasso especificado costuma permanecer fixo durante um período de tempo razoavelmente longo dentro de uma peça, porém na música mais moderna isso nem sempre ocorre.

Contraponto – s.m. [Do latim punctus contra punctum, nota contra nota.] 1. Encadeamento lógico de diferentes linhas musicais simultâneas. O contraponto se caracteriza por um processo de geração de novas frases musicais a partir de outras frases musicais, utilizando técnicas como a inversão (troca das notas graves por agudas e vice-versa), a retrogradação (cópia de uma frase de trás para a frente), e a transposição (elevação ou abaixamento de todas as notas de uma frase por um intervalo constante).

E Embocadura – s.f. 1. A posição da boca ao soprar o ar num instrumento de sopro.
F

Forma – s.f. 1. A estrutura de uma composição musical. 2. O padrão de seções semelhantes e contrastantes que compõem a estrutura básica de uma peça. Entre as formas comuns no jazz incluem-se a estrutura de 32 compassos (8+8+8+8), como AABA ou ABAC; a melodia de 16 compassos; e o blues de 12 compassos.

Fusion – [Inglês] Estilo de jazz derivado do jazz-rock, executado principalmente com instrumentos eletrônicos. Diferentemente do jazz-rock do final dos anos 60 e início dos anos 70, o jazz fusion caracteriza-se por uma aproximação com a música pop, e por ser baseado em um certo número de fórmulas comercialmente bem-sucedidas.

H Harmonia – s.f. 1. A combinação de notas em acordes e progressões de acordes. 2. Conjunto de regras práticas que regem a organização dos acordes de uma peça segundo os princípios da tonalidade.
I

Improvisação – s.f. 1. Criação musical realizada no próprio momento da execução. A improvisação não é predeterminada nem codificada previamente em partitura, exceto por uma melodia que serve de tema.

Introdução – s.f. 1. Uma seção que é executada antes da exposição do tema de uma peça. A introdução deve combinar com o tema que se lhe segue e pode ser usada para definir o caráter de toda a execução.

J Jam session – [Inglês] 1. Reunião informal de músicos para tocar entre si, com ênfase na improvisação, sem ter necessariamente a preocupação de tornar a execução comercialmente viável ou palatável para o grande público.
L Loop, Looping – [Inglês] A repetição continua de uma frase musical, à qual outros materiais sonoros podem ou não ser superpostos. Trata-se de um procedimento comum particularmente na música eletrônica.
M

Mainstream – [Inglês] Termo abrangente usado para fazer referência a todo o jazz excetuando-se o free jazz e o jazz-rock ou fusion.

Modal – adj. 1. Que é baseado nos modos.

Modo – s.m. 1. Uma série de notas que deriva de uma escala básica, começando e terminando com uma nota diferente na nota de origem da escala, resultando em um conjunto diferente de intervalos e um centro tonal diferente, criando um estado perceptivo e psicológico diferente. Exemplo: o segundo modo da escala de Si Bemol Maior (Si Bemol, Dó, Ré, Mi Bemol, Fá, Sol, Lá, Si Bemol, etc) é o Dórico (Dó, Ré, Mi Bemol, Fá, Sol, Lá, Si Bemol, Dó).

Mute – [Inglês] 1. Surdina utilizada juntamente com instrumentos de sopro de metal.

N Noneto – s.m. 1. Conjunto musical formado por nove executantes. 2. Peça composta para essa formação.
O Oitava – s.f. 1. Intervalo de altura (freqüência) entre uma nota e sua repetição doze semitons acima (ou abaixo). O intervalo de oitava corresponde à multiplicação (ou divisão) da freqüência original da nota por 2.
P

Partitura. - s.f. 1. Registro da música por escrito, usualmente em papel ou em documentos de formato eletrônico, utilizando-se uma notação especial e determinadas convenções de escrita.

Polifonia – s.f. 1. A superposição de duas ou mais linhas melódicas, todas com igual importância relativa. A polifonia freqüentemente se vale do contraponto.

Polirritmia. - s.f. 1. Simultaneidade de ritmos ou compassos contrastantes.

Politonal – adj. 1. Que é caracterizado por politonalidade.

Politonalidade – s.f. 1. Simultaneidade de diferentes tonalidades.

Q

Quarteto – s.m. 1. Conjunto musical formado por quatro executantes. 2. Peça composta para essa formação.

Quinteto – s.m. 1. Conjunto musical formado por cinco executantes. 2. Peça composta para essa formação.

R

Ragtime – [Inglês] Estilo de música norte-americana para piano, muito popular no final do século XIX e início do século XX. O ragtime possuía caráter sincopado, não era improvisado, e era normalmente escrito em partitura. O nome vem do termo inglês ragged, que significa áspero, desigual, dissonante – como costumava ser o fraseado da mão direita sobre o teclado.

Ritmo – s.m. 1. O padrão de pulsação de uma peça musical. 2. Compasso (2).

S

Seção rítmica – s.f. 1. Os instrumentos que, num conjunto de jazz, são responsáveis pelo estabelecimento e manutenção do padrão rítmico da execução; convencionalmente, compõe-se de piano, contrabaixo e bateria.

Samplear – [Neologismo] v. 1. Ato de capturar e registrar digitalmente sons, frases musicais ou timbres sonoros, por meio de um sampler, com o propósito de manipulá-los e recombiná-los.

Sampler – [Inglês] 1. Dispositivo capaz de capturar e registrar sons, frases musicais ou timbres sonoros em formato digital.

Scat singing, Scat – [Inglês] Modo de interpretação vocal em que o(a) vocalista emite sílabas sem sentido, em vez da letra da canção, atentando apenas para o valor fonético das sílabas e procurando imitar um solo instrumental.

Septeto – s.m. 1. Conjunto musical formado por sete executantes. 2. Peça composta para essa formação.

Sequenciador – s.m. 1. Dispositivo capaz de registrar padrões sonoros em formato digital, e que oferece ferramentas para editar, modificar e recombinar esses padrões.

Sexteto – s.m. 1. Conjunto musical formado por seis executantes. 2. Peça composta para essa formação.

Síncopa – s.f. 1. A acentuação de contratempos, ou seja, os tempos fracos do compasso, criando um efeito de surpresa no ouvinte.

Sincopado – adj. 1. Que é caracterizado por síncopa.

Solo – s.m. 1. Execução de uma peça musical ou parte de uma peça por um único instrumento. 2. Execução de uma peça musical ou parte de uma peça musical por um instrumento em destaque, acompanhado por outro(s). 3. Seção de uma peça em que um executante improvisa sobre o tema, sozinho ou, mais freqüentemente, acompanhado por outros instrumentos.

Standard – [Inglês] 1. Canção popular já consagrada e familiar ao público, usada com tema para uma execução jazzística. 2. Canção que ao longo do tempo veio a fazer parte do repertório padrão (em inglês, standard) do jazz. Certos compositores escreveram diversas canções que se tornaram standards: por exemplo, George Gershwin, Richard Rodgers, Oscar Hammerstein.

Swing – [Inglês] 1. Modo de execução musical tipicamente jazzístico, no qual as notas têm sua duração ligeiramente reduzida e seu ataque efetuado fora do tempo por um fator quase imperceptível, resultando em um significativo aumento da flexibilidade e vitalidade da música. 2. Propriedade de uma execução jazzística individual ou coletiva que produz um tipo característico e bem conhecido de resposta psicológica e muscular no ouvinte, que no entanto desafia definição precisa. 3. Estilo de jazz popular nos anos 30 e 40, caracterizado por arranjos muito bem elaborados para grandes orquestras.

T

Tema – s.m. 1. Melodia que é usada como base de uma execução jazzística.

Tempo - s.m. 1. Unidade de duração dentro do compasso. 2. Andamento.

Tessitura – s.f. 1. O intervalo de altura (freqüência) que existe a nota mais grave e a nota mais aguda de uma frase ou de uma peça musical. 2. O intervalo entre a nota mais grave e a nota mais aguda que podem ser emitidas por um certo instrumento.

Tonal – adj. 1. Que obedece aos princípios da tonalidade.

Tonalidade – s.m. 1. Acorde fundamental que funciona como centro de atração harmônica de uma frase ou composição musical, e que define certas progressões-padrão de acordes. 2. Conjunto de princípios que governam a organização harmônica do material sonoro segundo conceitos como consonância, escalas maiores e menores, e cadências; harmonia tonal.

U Uníssono – s.m. 1. Escrita ou execução de uma frase musical de maneira exatamente idêntica por dois ou mais instrumentos, na mesma tonalidade e na mesma oitava.
V Virtuose – s.m. 1. Instrumentista que possui técnica altamente desenvolvida e profundo domínio dos recursos de seu instrumento.

ELEMENTOS DO JAZZ

Muito já se escreveu sobre a dificuldade de se definir o jazz. Uma corrente de pensamento afirma que o jazz não é o que se toca, mas sim como se toca. De qualquer modo, pode-se afirmar com certa confiança que dois elementos são absolutamente necessários numa performance de jazz: o swing e a improvisação.

Nenhuma apresentação ou gravação de jazz está completa se não contiver algum trecho improvisado. Uma peça de jazz 100% escrita e fixada na partitura é uma contradição - o que, diga-se de passagem, indica que peças como a "Suíte para Flauta e Piano de Jazz", de Claude Bolling, embora muito agradáveis de se ouvir, não são propriamente jazz. Fazer jazz significa assumir um risco - o risco de se confrontar com o silêncio e preenchê-lo com um discurso inédito e próprio, o risco de ser um "compositor instantâneo", como dizia Charles Mingus.

O conceito de improvisação, em si, não apresenta grandes dificuldades para ser entendido, embora exija anos e anos de dedicação para ser posto em prática. Trata-se de tecer - em tempo real, no exato momento em que se está tocando - variações em torno de algo que serve de base: a linha de uma canção que serve de tema, uma sequência de acordes, alguns intervalos melódicos, uma tonalidade.

As variações têm uma longa tradição na música clássica ocidental: grandes compositores escreveram ciclos de variações, explorando até o limite o potencial de seus temas. Na Renascença já era habitual tomar como tema uma canção popular e fazer variações sobre ela. Isto era chamado na Inglaterra de divisions on grounds e na Espanha de diferencias sobre bajos ostinados. Os instrumentistas, que freqüentemente eram também compositores, competiam entre si, cada um tentando sobrepujar os rivais em virtuosismo e engenhosidade.

Assim como as variações, a improvisação não é uma invenção moderna. Bach era um improvisador de mão-cheia (e improvisava fugas, sendo que a fuga é a forma mais estruturada e complexa de toda a música!). Se Bach tivesse nascido no século XX, sem dúvida seria um jazzman... Na Renascença já havia o costume de se apresentar peças de caráter improvisatório e de forma totalmente livre, denominadas fancies (em inglês) ou fantasias (em espanhol), nas quais o executante dava largas à sua imaginação. Muitas dessas fantasias e coleções de variações foram registradas em partitura, e assim podemos reviver e apreciar, depois de séculos, ainda que sem a espontaneidade do momento, as "jam sessions" de outrora.

Definir o swing é algo muito mais difícil. Trata-se de algo que engloba o fraseado, o ritmo, o ataque das notas. O swing não se escreve numa partitura, por mais detalhada e precisa que seja a sua notação. A definição dada por André Francis, em seu livro Jazz, é bastante interessante: "tocar com swing, swingar, significa trazer à execução de uma peça um certo estado rítmico que determine a sobreposição de uma tensão e de um relaxamento". Esta é a dialética do swing, por assim dizer: dar flexibilidade a um ritmo, dar "balanço" a uma frase, e contudo manter a precisão, preservar o foco da música, evitando que ela perca o caráter incisivo.

Podemos usar uma analogia sugerida por Charles Mingus para caracterizar o swing: vamos partir de uma música na qual os tempos estão precisamente definidos. Em seguida delimitamos um "halo", uma pequena região ao redor da posição original de cada nota: a nota, agora, pode cair em qualquer ponto dessa região, a critério do executante. A música como um todo, portanto, oscila caprichosamente dentro dessas regiões de "incerteza". É importante que o âmbito dessas pequenas regiões não ultrapasse aquele ponto no qual o ritmo deixa de ser swingado para se tornar impreciso. Como se determina esse ponto? Os bons músicos de jazz têm uma intuição desenvolvida a tal ponto que mantêm esse jogo de precisão e imprecisão perfeitamente sob controle, o tempo todo - e o resultado, todos nós conhecemos: o deleite de escutar uma interpretação cheia de swing.

A História do Jazz

Nascido do blues, das work songs dos trabalhadores negros norte-americanos, do negro spiritual protestante e do ragtime, o jazz passou por uma extraordinária sucessão de transformações no século XX. É notável como essa música se modificou tão profundamente durante um período de apenas um século.

O termo jazz começa a ser usado no final dos anos 10 e início dos anos 20, para descrever um tipo de música que surgia nessa época em New Orleans, Chicago e New York. Seus expoentes são considerados "oficialmente" os primeiros músicos de jazz: a Original Dixieland Jass Band do cornetista Nick LaRocca, o pianista Jelly Roll Morton (que se auto-denominava "criador do jazz"), o cornetista King Oliver com sua Original Creole Jazz Band, e o clarinetista e sax-sopranista Sidney Bechet. Em seguida, vamos encontrar em Chicago os trompetistas Louis Armstrong e Bix Beiderbecke, e em New York o histriônico pianista Fats Waller e o pioneiro bandleader Fletcher Henderson. Em 1930 o jazz já possui uma "massa crítica" considerável e já se acham consolidadas várias grandes orquestras, como as de Duke Ellington, Count Basie, Cab Calloway e Earl Hines.

A evolução histórica do jazz, assim como da literatura, das artes plásticas e da música clássica, segue um padrão de movimento pendular, com tendências que se alternam apontando em direções opostas. Em meados dos anos 30 surge o primeiro estilo maciçamente popular do jazz, o swing, dançante e palatável, que agradava imensamente às multidões durante a época da guerra. Em 1945 surge um estilo muito mais radical e que fazia menos concessões ao gosto popular, o bebop, que seria revisto, radicalizado e ampliado nos anos 50 com o hard bop. Em resposta à agressividade do bebop e do hard bop, aparece nos anos 50 o cool jazz, com uma proposta intelectualizada que está para o jazz assim como a música de câmara está para a música erudita.

O cool e o bop dominam a década de 50, até a chegada do free jazz, dando voz às perplexidades e incertezas dos anos 60. No final dos anos 60, acontece a inevitável fusão do jazz com o rock, resultando primeiro em obras inovadoras e vigorosas, e posteriormente em pastiches produzidos em série e de gosto duvidoso. Hoje existe espaço para cultivar todos os gêneros de jazz, desde o dixieland até o experimentalismo free, desde os velhos e sempre amados standards até as mais ambiciosas composições originais para grandes formações. Mas qual seria o estilo de jazz próprio dos dias de hoje? Talvez o jazz feito com instrumentos eletrônicos - samplers e sequenciadores - num cruzamento com o tecno e o drum´n´bass. Se esse jazz possui a consistência para não se dissolver como tantos outros modismos, só o tempo dirá.


Confira abaixo o diagrama da evolução do jazz, segundo apresentado por Joachim-Ernest Berendt em seu livro:
Jazz: do Rag ao Rock.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

HINO RACISTA RIO GRANDENSE

" MAS NÃO BASTA PRA SER LIVRE
SER FORTE AGUERRIDO E BRAVO,
POVO QUE NÃO TEM VIRTUDE
ACABA POR SER ESCRAVO..."

QUEM CONHECE A HISTÓRIA DOS LANCEIROS NEGROS - A VERDADEIRA HISTÓRIA QUE NÃO É CONTADA NOS "BRANCOS" LIVROS DE HISTÓRIA NO 20 DE SETEMBRO NÃO COMEMORA A REVOLUÇÃO FARROUPILHA, MAS SIM O SACRIFÍCIO DOS NEGROS ESCRAVOS QUE POR SUA LIBERDADE FORAM FORÇADOS A LUTAR NESSA "REVOLUÇÃO".

NEGRO QUE É NEGRO NÃO COMEMORA 20 DE SETEMBRO!

"CONHEÇA TEU PASSADO, ENTENDA SEU PRESENTE E PREPARE-SE PARA TEU FUTURO!"

BUFALO SOLDIERS = LANCEIROS NEGROS

LANCEIROS NEGROS

Lanceiros Negros é o nome dados à dois corpos de lanceiros constituídos, basicamente, de negros livres ou de libertos pela República Rio-Grandense que lutaram na Revolução Farroupilha. Possuíam 8 companhias de 51 homens cada, totalizando 426 lanceiros .

Tornou-se célebre o 1.º Corpo de Lanceiros Negros organizado e instruído, inicialmente, pelo Coronel Joaquim Pedro, antigo capitão do Exército Imperial, que participara da Guerra Peninsular e se destacara nas guerras platinas. Ajudou, nesta tarefa, o Major Joaquim Teixeira Nunes, veterano e com ação destacada na Guerra Cisplatina. Este bravo, à frente deste Corpo de Lanceiros Negros, libertos, prestaria relevantes serviços militares à República Rio-Grandense.

A VERDADEIRA REVOLUÇÃO FARROUPILHA

A organização militar da República Rio-Grandense
Os farroupilhas possuíram um efetivo de 9.372 homens, assim repartidos:

4.296 homens de 1ª Linha

5.076 homens da Guarda Nacional

Este efetivo distribuía-se por diversos corpos conforme quadro que publicamos em O Negro e descendentes...citado sob o título: Efetivo Total do Exército da República Rio-Grandense

Organização dos corpos de lanceiros negros

Os dois corpos de lanceiros eram constituídos, basicamente, de negros livres ou de libertos pela República Rio-Grandense, enquadrados por valorosos oficiais brancos.

Possuíam 8 companhias a 51 homens cada, totalizando 426 lanceiros .

Tornou-se célebre o 1º Corpo de Lanceiros Negros organizado e instruído, inicialmente, pelo Coronel Joaquim Pedro Soares, antigo capitão do Exército Imperial, que se destacara nas guerras platinas e cujo perfil histórico abordamos em O Exército farrapo e seus chefes .v.1,p168/170.Era veterano da guerra de expulsão dos franceses de Portugal depois que mandado invadir por Napoleão.

Secundou o Coronel Joaquim Pedro, nesta tarefa, o Major Joaquim Teixeira Nunes, veterano e com ação destacada na Guerra Cisplatina.

Este bravo, à frente deste Corpo de Lanceiros Negros, libertos, prestaria relevantes serviços militares à República Rio-Grandense.

O 1º Corpo foi recrutado, principalmente, entre os negros das charqueadas de Pelotas e do então município de Piratini ( atuais Canguçu, Piratini, Pedro Osório, Pinheiro Machado, Herval do Sul, Bagé, até o Pirai e parte de Arroio Grande).

Foram seus oficiais, entre outros:

Coronel Joaquim Pedro Soares

Coronel Joaquim Texeira Nunes

Tenente Manoel Alves da Silva Caldeira

Capitão Vicente Ferrer de Almeida

Cap. Marcos d’ Azambuja Cidade

1º Ten. Antônio José Coritiba

2º Ten. Caetano Gonçalves da Silva(filho de Bento Gonçalves)

2º Ten. Ezequiel Antônio da Silva

2º Ten. Antônio José Pereira

Teixeira Nunes ,Caldeira e Vicente Ferrer foram ligados a Canguçu.

Teixeira Nunes nasceu próximo à atual cidade de Canguçu. Caldeira era da região de Vila Freire mas viveu muitos anos na Florida em Canguçu e foi o biógrafo de Teixeira Nunes, conforme revelação de Otelo Rosa, em Vultos Farroupilhas, ao basear-se em carta deste bravo, publicada pela Revista do IHGRGS – 1927.

Vicente Ferrer de Almeida, natural de Lavras foi o primeiro funcionário público de Canguçu, por ocasião da instalação deste município, em 1857.

Caldeira foi fundador do primeiro Clube Republicano de Canguçu, na Florida e Iguatemi em 1884 e representou Canguçu em histórico encontro de republicanos em Porto Alegre .

Tenho para min que foi inspirado em sua vida que J.Simões Lopes Neto criou o Blau Nunes seu interlocutor imaginário em Contos gauchescos .

O Corpo de Lanceiros Negros em campo do Menezes

O 1º Corpo de Lanceiros Negros, ao comando do Tenente - Coronel Joaquim Pedro Soares e subcomandado pelo então Major Teixeira Nunes, teve atuação importante no combate de Seival, de 11 de setembro de 1836 ,em reforço à Brigada Liberal de Antônio Netto que surgiu por transformação do Corpo da Guarda Nacional de Piratini integrado por 2 esquadrões com 4 companhias, recrutados em Piratini e em seus distritos Canguçu, Cerrito e Bagé até o Pirai .

" Joaquim Pedro Soares... foi o organizador e instrutor do famoso 1º Corpo de Lanceiros Negros .As tropas para o combate de Seival foram dispostas por Joaquim Pedro, na qualidade de imediato e assessor militar de Antônio Netto.

Deixou um esquadrão em reserva que foi empregado em momento oportuno, decidindo a sorte da luta".

Segundo Souza Docca, coube a este bravo e a Manoel Lucas de Oliveira convencerem Antônio Neto da proclamação da República Rio-Grandense, bem como " a grande satisfação de ler, a 11 , no campo do Menezes, à frente da garbosa tropa por ele instruída, a Proclamação da República Rio-Grandense." Idéia de República que teria sido sugerida pelos cariocas majores João Manoel de Lima e Silva(tio de Caxias ) e José Mariano de Mattos e que antes da Revolução comandavam as unidades de Infantaria e de Artilharia do Exército destacadas no Rio Grande do Sul e mais pelo filho de Diamantina José Domingos de Almeida .

Um depoimento de testemunha dos acontecimentos:

" Em 6 de novembro de 1836, menos de dois meses após Seival, Teixeira Nunes era Major do Corpo de Lanceiros Negros, a esse tempo comandado pelo Ten. Cel Joaquim Pedro Soares.

Assim fica evidente a grande contribuição do gaúcho negro e mulato para a vitória de Seival e para a proclamação da República Rio-Grandense, onde buscam inspiração as mais caras tradições políticas e militares do povo gaúcho. República que enformou no gaúcho histórico do Rio Grande do Sul duas características sociológicas excelsas: Firmeza e Doçura.

Recrutamento dos Lanceiros Negros

O Corpo de Lanceiros Negros era integrado por negros livres ou libertados pela Revolução e, após, pela República, com a condição de lutarem como soldados pela causa..

Recorde-se que Artigas havia usado o mesmo expediente. Os Lanceiros negros, em sua grande maioria, foram recrutados entre os negros campeiros e domadores da atual Zona Sul do Estado bem como negros tropeiros das charqueadas e nestas funções amavam a liberdade, acostumados que estavam a movimentar-se dentro da amplidão dos horizontes da terra gaúcha nas lides pecuárias.

Armamento Individual

Excelentes combatentes de Cavalaria, entregavam-se ao combate com grande denodo, por saberem, como verdadeiros filhos da liberdade, que esta, para si, seus irmãos de cor e libertadores, estaria em jogo em cada combate.

Manejam como grande habilidade suas armas prediletas – as lanças.

Estas, por eles usadas mais longas do que o comum. Combinada esta característica, com instrução para o combate e disposição para a luta, foram usados como tropas de choque, uso hoje reservado às formações de blindados.

Por tudo isto infundiram grande terror aos adversários.

Rusticidade e obediência

Eram rústicos e disciplinados. Faziam a guerra à base de recursos locais, Comiam se houvesse alimento e dormiam em qualquer local, tendo como teto o firmamento do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina .A maioria montava a cavalo quase que em pêlo, a moda charrua.

Vestuário ou Uniforme

Seu vestuário era constituído de sandálias de couro cru, chiripá de pano grosseiro, um colete recobrindo o tronco e na cabeça uma vincha vermelha símbolo de República .

Os Corpos de Lanceiros Negros conquistaram a Liberdade, lutando pela República Rio-Grandense nos campos de batalha. O Império respeitou suas liberdades pela cláusula IV da Paz de Ponche Verde. " São livres e como tais reconhecidos todos os cativos que serviram à República" .

Cláusula respeitada por conta e risco pelo Barão de Caxias contrariando determinação superior de os recolher como escravos estatais para a Fazenda de Santa Cruz no Rio de Janeiro .

Caxias usou o seguinte expediente para não os enviar para o Rio Considerou que eles haviam se apresentado livremente .E a seguir os libertou e os incorporou as 3 unidades de Cavalaria Ligeira do Exército Imperial no Rio Grande .E em Ponche Verde em D. Pedrito foram acolhidos pelos coronéis Manoel Marques de Souza e Osório comandantes de duas unidades de Cavalaria.

Como esporas improvisavam uma forquilha de madeira presa ao pé com tiras de couro cru. Esta espora farroupilha acomodava-se ao calcanhar e possuía a ponta bem afiada.

Alguns poucos usavam calças, cartola e chilenas (esporas), como o imortalizado em pintura no Museu de Bolonha, Itália, reproduzido no Atlas Histórico e Geográfico do MEC – 1996 .

Eram armados também com adaga ou facão e, em certos casos, algumas armas de fogo em determinadas ocasiões.

Como lanceiros não fizeram uso de escudos de proteção, tão comuns na História Militar dos povos.

Os seus grosseiros ponchos de lã – bicharás, serviram-lhes de cama, cobertor e proteção do frio e da chuva.

Quando em combate a cavalo, enrolado no braço esquerdo, o poncho(bichará) servia-lhes para amortecer ou desviar um golpe de lança ou espada.

No corpo a corpo desmontado, servia para aparar ou desviar um golpe de adaga ou espada em cuja esgrima eram habilíssimos, em decorrência da prática continuada do jogo do talho, nome dado pelo gaúcho à esgrima simulada com faca, adaga ou facão.

Alguns poucos eram hábeis no uso das boleadeiras como arma de guerra, principalmente para abater o inimigo longe do alcance de sua lança, quer em fuga, quer manobrando para obter melhor posição tática.

Parte do 1º Corpo de Lanceiros Negros participou da expedição a Laguna, ao comando de Davi Canabarro, que teve como comandante de Vanguarda o Tenente - Coronel Joaquim Teixeira Nunes com seus Lanceiros Negros

É bastante conhecido, na História da Revolução Farroupilha, o fato de que estes dois célebres, valorosos e intrépidos chefes e combatentes possuíam em suas forças Lanceiros negros.

A retirada dos farroupilhas de Laguna para o Rio Grande do Sul, através de Lajes e Vacaria, contou com a presença de Teixeira Nunes, Garibaldi, Rosseti e Anita e foi assegurada por muitos valorosos Lanceiros negros.

Foi por certo lembrando Teixeira Nunes e seus bravos lanceiros negros, que o acompanharam na expedição a Laguna, que Garibaldi escreveu:

"Eu vi batalhas disputadas mas nunca e em nenhuma parte homens mais valentes nem lanceiros mais brilhantes do que os da cavalaria rio - grandense, em cujas fileiras comecei a desprezar o perigo e a combater pela causa sagrada dos povos."

Deve-se talvez a Garibaldi, no Museu de Bolonha, Itália, o quadro intitulado Farroupilha, que fixa e imortaliza um lanceiro negro da República Rio-Grandense.

Pintura de um lanceiro negro farrapo existente em museu de Bologna Itália da tropa de Teixeira Nunes que participou da expedição a Laguna e que de lá retornou por terra junto com Garibaldi e Anita .

Quando irrompeu a Revolução Farroupilha, no mesmo dia, em São Leopoldo, o Dr. Hillebrand lançou a seguinte proclamação:

"Convidado insistentemente pelo Presidente da Província, e autorizado pelo Juiz de Paz deste Distrito, passo a comunicar aos meus patrícios alemães que um partido pela maior parte composto de negros e índios, está ameaçando as autoridades desta Província."

Esta proclamação difundida na Alemanha, segundo Walter Spalding, deu a impressão de que a " Revolução Farroupilha era uma violenta rebelião de negros índios ou racial."

PORONGOS????

Lanceiros negros salvaram a Revolução

Na Surpresa de Porongos, em 14 de novembro de 1844, os Lanceiros Negros de Teixeira Nunes salvaram a Revolução Farroupilha de desastre total.

Pelo modo como combateram, salvaram Canabarro e grande parte das tropas e tornaram possível a negociação de uma paz honrosa como e foi a de Ponche Verde, e a liberdade para todos os negros e mulatos que lutaram pela República Rio Grandense. Ao final do combate o campo de batalha de Porongos ficou juncado com 100 mortos farroupilhas.

Segundo descrição do historiador Canabarro Reichardt

"Dentre eles 80 eram bravos Lanceiros negros de Teixeira Nunes.

Com a surpresa .em Porongos ,os farrapos, passados os primeiros momentos de estupor, recobram ânimo e se dispõem a morrer lutando. Teixeira, o Bravo dos bravos, cujo denodo assombrou um dia o próprio Garibaldi, reuniu os seus lanceiros negros.

O 4º Regimento de Linha farrapo e alguns esquadrões desanimam quando os imperiais se multiplicam ,e surgem de todos os pontos. Uma segunda carga imperial e mais impetuosa é também repelida. E este foi o sinal da debandada farrapa geral.

Em vão os chefes chamam os soldados ao dever, dando-lhes o exemplo. Nada os contêm e o Exército Farrapo como por encanto, se dissolve, arrastando consigo ainda os que querem lutar.

Apenas alguns grupos mantêm-se resistindo e neles o combate se trava à arma branca. Tombam os lanceiros negros de Teixeira, brigando um contra vinte, num esforço incomparável de heroísmo".

Esta descrição do sacrifício dos Lanceiros Negros para salvar ao máximo o Exército, o ideário da República Rio-Grandense, é comovente e deve emocionar todo o filho do Rio Grande do Sul, justificando uma homenagem póstuma, ainda que tardia, do Governo e Povo do Rio Grande do Sul.

Seria de erigir na praça da Matriz em Porto Alegre, o mais próximo possível dos palácios Piratini e Farroupilha, uma estátua ao Lanceiro Negro Farroupilha , ao gaúcho filho da Liberdade, por sua contribuição, como valoroso soldado, para a evolução social e política do Brasil, com reflexos na luta para a conquista dos objetivos de Democracia (República) e Paz Social. Zumbi dos Palmares custou mas já foi consagrado em estatua por sua luta pela liberdade de seus irmãos.

Com certeza, se o povo gaúcho alcançou tamanho respeito nesse Brasil afora, parte do mérito deve ser atribuído aos lanceiros negros. Aqueles eram gaúchos de verdade que lutaram com as mãos por não serem cagalhões e mostraram que não gastam pólvora em chimango!

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

PESQUISA DIRETO DE PORTUGAL

AWRIGHT! ESSA PESQUISA RECEBI DE MEUS AMIGOS LÁ DE PORTUGAL, E A CONSIDEREI DE GRANDE UTILIDADE PÚBLICA TEMA:

"COMO ESCOLHER O HOMEM E A MULHER IDEAL"

O HOMEM...

Verifique o interior (não se iluda com o design).
Verifique o ano (quanto mais novo mais chance de ter problemas).
É estável? Ou balança quando se depara com qualquer curva?
É movido a álcool? (neeeeemmmm pensar, minha amiga)
O motor mantém temperatura constante? Ou aquece rapidinho, percorre pequena distância e morre logo em seguida?
Leve para um Test-Drive.
Se o homem passou em todos estes testes e lhe agrada, lembre-se antes de o comprar e alugue-o por um ou dois meses, pois neste período você pode surpreender-se e aí é só devolver...

A MULHER...

Verifique o design
Verifique o ano
E boa de curvas e de retas?
E macia?
Possui Air-Bag duplo frontal de grande volume? Esse air-bag tem sustentaçao?
É econômica?
Faz pouco barulho?
Aquece rápido? (e quando aquece, aí sim tem que fazer barulho)
Leve para um Test-Drive. Se a mulher passou em todos estes testes, lembre-se FAÇA UM LEASING, PORQUE NESSE MEIO TEMPO PODE SURGIR UM MODELO MELHOR E MAIS NOVO.

COISAS DE PORTUGAL!

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Música fora da Ordem: a carteira da OMB é realmente legal?

A discussão sobre a constitucionalidade da lei estadual que desobriga a apresentação da carteira da OMB em São Paulo extrapola a esfera jurídica e leva necessariamente a um debate mais profundo: a OMB é realmente importante para o músico brasileiro?

Guilherme Varella*

SÃO PAULO - A Lei Estadual 12.547/07, publicada em fevereiro desse ano, desobriga os músicos a apresentarem a carteira da OMB em espetáculos no estado de São Paulo. E contraria, dessa forma, a principal política de atuação e arrecadação da OMB, organização pública fundada e guiada pela Lei Federal 3.857, de 1960. Lei que instituiu a obrigatoriedade da carteira.

A determinação legal encontrou apoio da classe musical, inclusive com manifestações oficiais de músicos e organizações representativas da categoria. Contudo, ela está sendo questionada pela Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 3870, que pede a suspensão e inconstitucionalidade da lei.

Segunda tentativa de obstrução da lei estadual – a primeira foi a ADI 3856, sem sucesso no STF -, a ação foi movida pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Educação e Cultura (CNTEEC), entidade ligada à OMB, “de quem partiu o pedido de ajuizamento”, segundo o seu secretário-geral Oswaldo Augusto de Barros.

São três os argumentos que fundamentam a ação: a competência privativa da União de legislar sobre o exercício de profissões; em caso de existência de órgão público específico, a necessidade de sua autorização para o exercício profissional; e a obediência à Lei Federal 3.857/60, que regula a profissão de músico e a OMB.

Com isso, o debate acirra-se no campo jurídico, pois a Lei Estadual 12.547/07 também encontra fundamento constitucional. “É livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença”, versa o artigo 5º, IX, da Constituição, base da lei e tese acolhida por juízes em outros estados do país, que também determinaram a suspensão do uso da carteira, em casos isolados ou gerais, como no Rio Grande do Sul.

Entretanto, o principal argumento jurídico para o descarte da carteira da OMB é principiológico e, no ofício dos músicos, é evidente e factual. A aplicação de uma norma legal deve seguir os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, para que lhe seja garantida a eficácia, ou seja, para que ela ganhe amparo na realidade. E é notório que a política de exigibilidade da carteira da OMB, mesmo com base na lei, há muito não encontra respaldo na categoria que ela representa.

“Formalmente é legítima a atuação da OMB”, diz o professor titular de Direito do Trabalho da Faculdade de Direito da USP Estevam Mallet, “Contudo, numa perspectiva mais ampla, se concretamente a prática da organização for desproporcional, desarrazoada, mesmo com lei que a ampare, ela torna-se inconstitucional. E nada autoriza esse tipo de atuação”.

A brecha da lei
Mesmo impedindo que um músico seja barrado caso não esteja portando a carteira, a Lei Estadual 12.547/07 acaba por não cumprir efetivamente o papel de desvincular o músico da OMB. Ela estabelece a desobrigatoriedade da apresentação da carteira, mas mantém a necessidade de atrelamento à Ordem, vez que apenas esta pode emitir a nota contratual, indispensável à maioria dos contratos dos músicos com as casas de espetáculos.

A rede SESC-SP, por exemplo, responsável por abrigar em suas unidades centenas de apresentações musicais, não contrata músico que não tenha inscrição na Ordem. Além disso, exige o seu visto para a elaboração dos contratos de trabalho e notas contratuais. De acordo com a assessoria jurídica do SESC, a entidade oficialmente dispensa a apresentação da carteira, mas apenas remunera o músico mediante a nota contratual, que é incumbência da OMB conforme as Portarias Ministeriais nºs 3.347/86 e 446/04.

No entanto, o próprio Diretor Regional do SESC-SP, Danilo Santos de Miranda, acredita que tal medida é antiquada: “pessoalmente, sou contrário a qualquer obrigatoriedade para o exercício da atividade artística, a não ser a existência de talento, e o SESC tem uma posição institucional genérica favorável à redução das exigências burocráticas e ao incentivo à criatividade e à iniciativa individual.”

A opinião é compartilhada por grande parte dos músicos do estado (leia mais), que nos últimos anos aprofundaram as discussões e organizaram um sindicato de oposição política à OMB e ao Sindicato dos Músicos Profissionais no Estado de São Paulo (Sindmussp). O Sindicato dos Músicos Profissionais Independentes (Simproindi) surgiu da evolução da Câmara Setorial de Música e do Fórum Permanente de Música, e agora tenta quebrar a exclusividade da OMB na emissão da nota contratual, preenchendo a lacuna deixada pela Lei.

De acordo com a Secretária-Geral do Simproindi, a cantora Zezé Freitas, “o sindicato é uma alternativa de filiação para os músicos, propondo mais transparência e profissionalismo”, além de críticas históricas à OMB. E acrescenta: “a OMB não é um órgão operante no sentido de amparar os músicos. É preciso que a profissão ganhe formalidade, regulação efetiva, e ela não contribui para isso. É preciso emancipar o músico da OMB”.

Batida de carteira
Tecnicamente, a existência de uma Ordem que fiscalize uma profissão e de uma carteira que licencie o profissional pra o seu exercício são demandas pertinentes a profissões que representam riscos a terceiros. Segundo o professor Estevam Mallet, “há uma diferença, por exemplo, na exigência da Ordem dos médicos ou advogados. Nestes dois casos, é imprescindível que se exija a carteira, pois o exercício profissional leva a um risco concreto à vida e à segurança de terceiros. No caso da OMB, parece não haver muito sentido”.

No terreno próprio da música, o descabimento parece maior. Não há critérios bem definidos para a aceitação de um músico no quadro da OMB. Existem duas categorias em que se classificam os profissionais: “músico prático” e “músico profissional”. Além disso, para os reprovados no teste de aptidão, foi criada a “carteira provisória”, concedida sob a observância de duas condições: a disposição de “aprender o ofício” e o pagamento da anuidade.

Para o maestro da Orquestra de Câmara Paulista, Branco Bernardes, é praticamente impossível impor critérios que definam o que é músico. “Qual a diferença entre um músico que tem carteira da OMB e o que não tem? Ter a OMB faz de um artista músico melhor? Esse tipo de tratamento dado pela OMB é evidentemente falho e prejudica muito, tanto as novas modalidades de apresentação musical quanto os músicos populares e da cultura tradicional, para quem não faz o mínimo sentido ter a carteira”.

Para Zezé Freitas, a carteira da OMB simboliza a postura antiquada mantida pela OMB. “A carteira é a única forma de se evidenciar a presença da OMB na vida do músico e representa mais um empecilho que uma benesse à categoria”, diz ela.

Mas as críticas à OMB vão além da exigência da carteira, principalmente no que tange à falta de democracia na entidade. Apenas os músicos “profissionais” podem votar nas assembléias, que geralmente ocorrem de maneira obscura e sem comunicado prévio aos associados. “Certa vez recebi na minha casa convocação de assembléia que já havia ocorrido”, diz o maestro Branco Bernardes.

Além disso, há uma ligação direta da OMB com o Sindmussp. As diretorias compartilham os mesmos integrantes, e as respectivas anuidades – R$ 90 para OMB e R$ 60 para o sindicato – têm a cobrança centralizada, realizadas no mesmo guichê, o que é em si equivocado. “Cada entidade deve cobrar a sua própria contribuição. O titular do crédito é único e não pode transferir a sua cobrança a terceiros. Se há vinculação entre OMB e Sindmussp, algo parece estar errado”, diz o titular de Direito do Trabalho da USP.

A origem da receita da OMB também não é totalmente clara. Além das anuidades, sabe-se que 10% da arrecadação dos shows internacionais em São Paulo vão para a entidade, que repassa 5% aos sindicatos. No mais, a destinação da verba é igualmente obscura se medida pela atuação positiva da organização no suporte dos músicos.

“A OMB não reverte os benefícios que acumula para os músicos”, reclama a cantora Zezé Freitas, do Simproindi. “Não se preocupa com os fundos de pensão, não há um plano bem definido de previdência, inexistem campanhas efetivas de conscientização dos músicos sobre seus direitos, além do fato de não haver transparência e nem procedimentos democráticos na organização – prova disso é a permanência do presidente Wilson Sandolli por mais de 30 anos no cargo” (leia mais).

(*)100canais - núcleo editorial de jornalismo cultural independente.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

SEJAMOS POSITIVOS...

PÔ, PENSA CONOSCO²! UM VICE E UM SEMIFINALISTA, COM TODA ESSA MASSAGEM? JAH EH MUITO! PODIA SER PIOR! HAHAHA! ... E REALISTAS!

DENTISTA "DASINDIAS!" & TAJ MAHAL?

...eh ruim heim...

Nada contra nem a favor, nem grêmio nem colorado, mas veja bem. Pô R$ 120.000,00 R$ 400.000,00 !!!!UGEGUIÉ!!!! Bah! Pêla madrugada! Que vergonha! Tá certo que merece AHMMMMM? Merece um P**#### bem lá no oco mesmo! Brasil na maior crise, Sarney(nto0) F**#### só na mão grande! Rapaziada! Que tem acesso a tecnologia e pode navegar na boa, - Tem que assumir! Depende de VC! Get up Stand Up and fight 4 Yours Rights! Enquanto eles vão te mascarando, alguem ta te metendo aquela mão bem grande! Abre o Olho!,mas Não muito pra não fica de molho, que a sopa seca, ou Jah secou! Ah! e por falar em tutu! Hey vc aí, me dá um dinheiro aê? Pra que? Pq? Pra pensar! Trabalhar! Na paz de Jah! Dias melhores virão! Futebol é alienação! Mas eh bom! Hehehe! Diria: - Um mal nescessario! Isso eh Brasil! Eh Nozes! Na Glória... AH! Vai nessa "Dasindias" que tu vai bem! Limitadíssimo! jah Viu quem quer ser milionário? Vê pa tu vê! Quem viu sabe a que me refiro! Jah dizia ras bernaardo Fique sentado na frente da TV... Mas tambem tem Maravilhas!

...teteteterete...

terça-feira, 30 de junho de 2009

Sambarock Moderno by Arquivo Vol 9



Chegando o Volume 9 !

Sambarock Moderno by Arquivo Vol 9

01 Casa da Sogra - A Obra
02 Farufyno - Você Balança o Meu Coração
03 Clube do Balanço – Tequila
04 Jorge benjor - Miss Mexe Gal
05 Marisa Monte - Balança Pema
06 Nereu Mocotó E Swing - Me faz cosquinha
07 Paulo Braga - Barra da Saia
08 Netinho – Conquerô
09 Roberta Sá - Alô Fevereiro
10 Trio Mocotó - Pobre Moleque
11 Sambasonics - Falador passa mal / Buchicho
12 Luis Melodia - Dama Ideal
13 Quinquilharia – Australiana
14 Fino Coletivo - Tarja Preta
15 Trio Mocotó - Tô Chegando

Sambarock Moderno by Arquivo Vol 9

Sambarock Moderno by Arquivo Vol 10


O Arquivo abre espaço as novas bandas e músicos que estão fazendo a cabeça da rapaziada mais nova, digo isso já que somos da antiga e vivemos atrás de raridades que ouvíamos no passado.

Lembro dos bailes regado de sambarock com as equipes que faziam a rapaziada dançar,

Chic Show,Musicalia,Black Mad,Cash Box,Zimbabwe,Circuit Power,Ademir Formula 1, Os Carlos, Cobrão, Azimuth,Transa Chic entre outras tantas.

Mas hoje existem casas especializadas em sambarock levando essas bandas para tocar ao vivo que vem resgatando essa nostalgia da minha época.

Para ver o Bebeto, Jorge Ben, Dafé entre outros era muito difícil e só era possível pelas shows no Palmeiras, mas hoje ficou mais fácil ver a rapaziada que faz o sambarock Moderno como chamamos nesta série de 10 volumes (até agora) mas que já esta a caminho de 20 volumes...

Aguarde!

Vamos intercalar junto com os posts normais e havendo interesse da rapaziada vamos colocando todos os volumes....

Para iniciar trazemos o Vol 10

Sambarock Moderno by Arquivo Vol 10

01 Marcello – Beleza
02 Numismata - O Mestre Sala não Veio
03 Rita Ribeiro - Banho cheiroso
04 Sambasonics - Eu bebo sim
05 Trio Mocotó – Replay
06 Clube do Balanço - Vou bate pa tu
07 Casa da Sogra - Nas Antigas
08 Jorge ben - Usted Es Mi Marrón Glasé
09 Fino Coletivo - Boa Hora
10 Marquinhos Mendonça - Batuque Chorado
11 Nereu Mocotó E Swing - Vem sambar
12 Santo Groove - Jorge Maravilha
13 Raça – Gostosa
14 Trio Mocotó - Onde Anda O Meu Amor
15 Lulu Santos _ Hey hey, My my
16 Zumbira E Os Palmares - Ainda Bem Que Eu Tenho A Nega

CASA DA SOGRA NA WEB VIA ARQUIVO DO SAMBAROCK

Primeiramente meus parabéns ao meu blog preferido de sambarock - ARQUIVO DO SAMBAROCK - e nosso muito obrigado por nos dar essa força, sem palavras! Salve o Sambarock!

A partir de hoje vou postar os posts do blog relacionados a nossa banda CASA DA SOGRA! INTEH!

Casa da Sogra

Banda gaúcha criada em agosto de 2001, especializada em Samba Rock e Black music, influenciada pelo trabalho de músicos como Jorge Ben, Tim Maia, Bebeto, Seu Jorge, Luis Vagner, Bedeu, Banda Black Rio, Clube do Balanço entre outros, criou um estilo próprio de tocar suas músicas e através de sua musicalidade alegre e irreverente logo teve uma grande repercussão de público e na mídia, passando a ser convidada a tocar nas grandes casas de show de Porto Alegre, litoral e interior do Rio Grande do Sul. Em agosto de 2003 a banda foi selecionada para participar do projeto "Prata da Casa" organizado pelo SESC Pompéia em São Paulo capital, em novembro de 2004 participou ao lado da banda Clube do Balanço no Bar Opinião em um dos maiores shows de Samba Rock do Sul do país, até o músico Ben Jor apareceu para tocar.

A banda é formada por Alexandre Sugos (guitarra e voz); Rick Carvalho (baixo e voz); Alexandre Guterez (bateria); Kau Azambuja (voz e guitarra); Anjinho (Trompete); Güinter Jr (sax) e Leco(percussão).

Influências

Luis Vagner

Bedeu

Pau Brasil

Tim Maia

Bebeto

Banda Black Rio

Clube do Balanço

Jorge Ben
http://www.myspace.com/casadasogra
Arquivo

sexta-feira, 26 de junho de 2009

EXPRESSÃO MACACO É RACISTA?

MACACO — É, sim, expressão de cunho racista. Lembro dois exemplos entre muitos conhecidos. Lá pelos anos de 1970, ou começo da década de 80, Gilberto Medeiros, falecido ex-dirigente do Inter, inconformado com a atuação do árbitro Valdir Louruz (negro), despejou-lhe uma coleção de impropérios, muitos aludindo a sua cor. Entre eles, chamou Louruz de "macaco". A repercussão foi péssima.

OBS.: De que adianta ouvir Bob Marley, cultuar a Black music, Sambar, Tamborear, 2Pac e depois despejar merda pela boca em vão? Think About my friend!

ENTENDA O PORQUE DO RACISMO NA ARGENTINA

WELL PEGANDO CARONA NO FATO OCORRIDO NA PARTIDA CRUZEIRO X GRÊMIO PELA LIBERTADORES QUARTA PASSADA, EM QUE O INDIVÍDUO - PQ JOGADOR Ñ SEI QUEM DISSE QUE ELE É, E PAGA R$ 120.000,00 PRA PERDER GOLS FEITOS - MAX "RUIM" LOPEZ E QUER MASSAGEM, CHAMOU O ZAGUEIRO DO CRUZEIRO DE MACACO, ALIÁS DIGA-SE DE PASSAGEM NA CARONA DA TORCIDA, CONSIDEROU O OCORRIDO COMO NORMAL, POR QUE?

"Na próxima terça-feira (26) inicia mais uma Copa América de Futebol. E a Seleção Brasileira, treinada por Dunga, estréia na quarta (27) contra o México, na cidade venezuelana de Puerto La Cruz.

Mas peguei o assunto do futebol só como gancho. É que uma coisa sempre vinha me deixando intrigado: nunca vi um negro atuando em qualquer seleção esportiva argentina, seja em Copa do Mundo, Jogos Pan-Americanos ou Olimpíadas. O que aconteceu com os negros do vizinho portenho?

Houve escravidão em toda América Latina. A importação de negros chegou até esta parte do Hemisfério Sul. Basta ver atletas e artistas brasileiros, uruguaios, colombianos, equatorianos, venezuelanos, peruanos, etc. E na Argentina, o que houve? Meu irmão Gilson esteve na Argentina há cerca de 10 anos. Viajou com colegas da faculdade na época em que ele cursava Geografia na Ufrgs para um encontro universitário em Buenos Aires. E ele, que tem a pele levemente mais escura do que a minha, disse que os estudantes argentinos puxavam papo com ele em francês, pensando que ele tivesse nascido no Senegal, Camarões ou Costa do Marfim (países africanos que foram colônias francesas). E ele chamava a atenção por ser negro. Era o chocolate no meio do creme de baunilha. Foi por essas curiosidades que eu resolvi dar uma pesquisadinha no assunto.

Na Argentina não tem negros porque foram todos mortos há pouco mais de um século. Jorge Lanata é um dos mais importantes jornalistas argentinos, fundador do diário “Página/12” e autor de Argentinos (em espanhol, Editora Argentina), uma belíssima história de seu país em dois volumes, lançada em 2002. Nos livros, ele batiza os negros de los primeiros desaparecidos, referência aos mortos pela ditadura militar recente. E traz números: no censo de 1778, 30% da população tinha origem africana. A proporção se mantém no censo de 1810, cai para 25% em 1838. Em 1887, repentinamente, compõe menos de 2%. Mas no início, bem no início, há depoimentos de que a proporção de negros e brancos em Buenos Aires chegou a ser de 5 para 1.

Durante seu primeiro século de vida, a capital argentina sobreviveu às custas do comércio negreiro. No século 16 até a primeira metade do 17, a coroa espanhola drenava o ouro e a prata do Potosí, na atual Bolívia. Foi este o negócio que batizou o Rio da Prata – e foram principalmente mãos negras que tiraram das minas subterrâneas os metais que sustentaram a Europa. Os escravos que trabalharam no Potosí vinham principalmente de Angola. Eram negociados pelos peruleiros, que faziam a rota Potosí-Buenos Aires-Rio-Luanda. O Rio de Janeiro também sobreviveu economicamente por conta do tráfico, numa época em que o açúcar do Nordeste era de qualidade muito maior. No Rio chegavam os escravos, pagos em boa parte não com dinheiro mas com açúcar, cachaça, mandioca e tabaco, que serviam de moeda de troca na África. Os escravos eram transportados então para Buenos Aires, onde entravam ilegalmente, e enviados Prata acima até as minas. Era um jogo onde todos, inclusive os governadores, eram contrabandistas. A relação na rota de tráfico entre Rio e Buenos Aires era tão íntima que, quando veio a separação da União Ibérica, os cariocas chegaram a sugerir aos hermanos que se bandeassem para o lado português.

Como no Brasil, todo o serviço, doméstico ou não, nos séculos 17 e 18 foi feito por mão-de-obra negra e escrava na Argentina. Então desapareceram e a história local ensinada nas escolas se cala sobre o assunto. Francisco Morrone, autor de Los negros en el ejército: declinación demográfica e disolución, é um dos historiadores que tenta recuperar o que houve. Segundo Morrone, uma das coisas que aconteceu foram casamentos mistos que, lentamente, clarearam a pele de filhos e netos. É o tipo da resposta que explica quase nada. Mas aí ele mete o dedo na ferida.

A abolição da escravatura na Argentina começou em 1813, foi confirmada pela Constituição de 1853 – bem antes à brasileira. Durante o século 19 todo, o país se meteu numa guerra após a outra. Contra invasões por parte de Inglaterra e França, então a Guerra da Independência seguida do banho de sangue da luta interna entre caudilhos pelo poder e culminando com a Guerra do Paraguai, na qual seguimos aliados. Por todo este período belicista, a Argentina pôs seus negros na linha de frente dos exércitos, os primeiros a levar tiros, às vezes de espingardas – muitas vezes servindo de isca para que o inimigo gastasse as balas de canhão.O golpe final foi a grande epidemia de Febre Amarela em 1871, que se abateu sobre os bairros de Buenos Aires para onde os negros que sobraram foram transferidos. Depois, nos primeiros anos do século 20, assim como no Brasil, houve uma enorme migração européia, principalmente de italianos, que marcaram o sotaque portenho como marcaram cá o paulistano. A diferença é que, a essas alturas, os poucos mulatos não tiveram melanina suficiente para escurecer a pele da população restante.

A Argentina teve, sim, escravos, exatamente como o Brasil e na mesma proporção. Nos momentos seguintes à sua independência, aboliu a escravidão para pôr em marcha uma política de branqueamento da população. No caso, isso quer dizer genocídio. Diga-se de passagem, nos primeiros anos da República isto foi motivo de inveja por parte do governo brasileiro. Não há inocentes."

* BY BLOG DU BRIZA (COM TODO RESPEITO!)

terça-feira, 16 de junho de 2009

ENTREVISTA: CASA DA SOGRA

Entrevista: DJ Piá convida Casa da Sogra! Que fala do Novo Cd, Floripa e A Herança Meridional O Suingue! na Ipanema FM! Veja e escute! Awright!


segunda-feira, 15 de junho de 2009

NEWS - RECLAME CD CASA DA SOGRA

Finalmente "a Obra" chegou ao fim! Resgatando o Original Suingue Sul do Brasil aditivado de novas influências Cósmicas Universais, o cd apresenta entre músicas inéditas regravações de clássicos da Música Popular AfroSulBrasileira. Com participações "+ Q ESPECIAIS" a Casa mostra sua identidade e compromisso (Herança Meridional dasantigas) com a Original Música Brasileira de Raíz Contemporânea. Sambarock, Sambareggae, Sambafunk, Sambalanço - Sambalaço! Veja no reclame! Awright! E como diz o Dr. Suingue - Tá no sangue!

terça-feira, 19 de maio de 2009

Video MOVING para celebrar o dia Mundial da Terra



'Moving
'
Macaco

Moving, all the people moving, one move for just one dream
We see moving, all the people moving, one move for just one dream

Tiempos de pequeños movimientos...movimientos en reacción
Una gota junto a otra hace oleajes, luago mares...océanos
Nunca una ley fue tan simple y clara: acción, reacción, repercusión
Murmullos se unen forman gritos, juntos somos evolución

Moving, all the people moving, one move for just one dream
We see moving, all the people moving, one move for just one dream

Escucha la llamada de "Mama Tierra", cuna de la creación
Su palabra es nuestra palabra, su "quejío" nuestra voz
Si en lo pequeño está la fuerza, si hacia lo simple anda la destreza

Volver al origen no es retroceder, quizás sea andar hacia el saber
Moving, all the people moving, one move for just one dream

We see moving, all the people moving, one move for just one dream...


O vídeo
O National Geographic Channel y Macaco reúniram Javier Bardem, Juanes, Rosario, Bebe e Javier Cámara, entre outros em um videoclip a favor da natureza.

Moving' é a nova música do grupo catalão Macaco e estreou dia 19 de fevereiro no canal National Geographic para celebrar o Dia Mundial da Terra, com a presença de caras muito conhecidas como Javier Bardem, Javier Cámara, Rosario, Juanes e Juan Luis Guerra.

A música é o primeiro single do Puerto Presente, o novo álbum de Macaco, que faz parte dos eventos que a National Geographic organiza para comemorar em 22 de abril, o Día da Terra.

Além dos artistas mencionados, também participam do vídeo Nubla, Antonio Carmona, Orishas, Pitingo e LaMari, cantora de Chambao. Todos os artistas se uniram sem interesses comerciais através da música para apoiar a difusão de uma mensagem a favor da natureza y da conservação do planeta. Muito legal!

Dia Mundial da Terra

O Dia da Terra foi criado em 1970 quando o Senador norte-americano Gaylord Nelson convocou o primeiro protesto nacionalcontra a poluição. É festejado em 22 de abril e a partir de 1990, outros países passaram a celebrar a data.

Sabe-se que a Terra tem em torno de 4,5 bilhões de anos e existem várias teorias para o “nascimento” do planeta. A Terra é o terceiro planeta do Sistema Solar, tendo a Lua como seu único satélite natural. A Terra tem 510,3 milhões de km2 de área total, sendo que aproximadamente 97% é composto por água (1,59 bilhões de km3). A quantidade de água salgada é 30 vezes a de água doce, e 50% da água doce do planeta está situada no subsolo.

A atmosfera terrestre vai até cerca de 1.000 km de altura, sendo composta basicamente de nitrogênio, oxigênio, argônio e outros gases.

Há 400 milhões de anos a Pangéia reunia todas as terras num único continente. Com o movimento lento das placas tectônicas (blocos em que a crosta terrestre está dividida), 225 milhões de anos atrás a Pangéia partiu-se no sentido leste-oeste, formando a Laurásia ao norte e Godwana ao sul e somente há 60 milhões de anos a Terra assumiu a conformação e posição atual dos continentes.

O relevo da Terra é influenciado pela ação de vários agentes (vulcanismo), abalos sísmicos, ventos, chuvas, marés, ação do homem) que são responsáveis pela sua formação, desgaste e modelagem. O ponto mais alto da Terra é o Everest no Nepal/ China com aproximadamente 8.848 metros acima do nível do mar. A Terra já passou por pelo menos 3 grandes períodos glaciais e outros pequenos.

A reconstituição da vida na Terra foi conseguida através de fósseis, os mais antigos que conhecemos datam de 3,5 bilhões de anos e constituem em diversos tipos de pequenas células, relativamente simples. As primeiras etapas da evolução da vida ocorreram em uma atmosfera anaeróbia (sem oxigênio).

As teorias da origem da vida na Terra, são muitas, mas algumas evidências não podem ser esquecidas. As moléculas primitivas, encontradas na atmosfera, compõe aproximadamente 98% da matéria encontrada nos organismos de hoje. O gás oxigênio só foi formado depois que os organismos fotossintetizantes começaram suas atividades. As moléculas primitivas se agregam para formar moléculas mais complexas.

A evidência disso é que as mitocôndrias celulares possuam DNA próprio. Cada estrutura era capaz de se satisfazer suas necessidades energéticas, utilizando compostos disponíveis. Com este aumento de complexidade, elas adquiriram capacidade de crescer, de se reproduzir e de passar suas características para as gerações subseqüentes.

A população humana atual da Terra é de aproximadamente 6 bilhões de pessoas e a expectativa de vida é em média de 65 anos.

Para mantermos o equlíbrio do planeta é preciso consciência dessa importância, a começar pelas crianças. Não se pode acabar com os recursos naturais, essenciais para a vida humana, pois não haverá como repô-los. O pensamento deve ser global, mas a ação local, como é tratado na Agenda 21.