quinta-feira, 27 de outubro de 2011

DREADS NA CABEÇA

Dreads na Cabeça - Revista Raça Brasil


Dreads na cabeça
Eles são sinônimos de luta, imponência e respeito, porém, exigem cuidados em sua criação e manutenção. A boa notícia é que uma nova técnica em São Paulo permite dreads com aparência de verdadeiros e que podem ser retirados sem cortar o cabelo antigo. Que tal?TEXTO E PRODUÇÃO SIMONE DIAS FOTOS RAFAEL CUSATO MAQUIAGEM REGIANE CERCHINI
No mundo moderno o que vale é a praticidade, mas sem perder o estilo. A maioria das pessoas, principalmente mulheres que usam cabelos mais longos, admira e quer aderir ao visual dreadlocks, ou simplesmente dreads. Mas o medo de ter de cortar o cabelo bem curto inibe a mudança radical. Difícil decisão! Pensando nisso, a cabeleireira Chris Oliveira, da Cia das Tranças, em São Paulo, inventou uma nova técnica que não exige nenhum sacrifício. “Criei esse dread que pode ser tirado depois sem danificar em nada o cabelo. Tem a aparência de verdadeiro e pode ser usado por até seis meses, fazendo manutenção a cada dois meses, em salão”, diz Chris. Em outras palavras, não é preciso cortar o cabelo antigo quando não quiser mais usar o dread.
"PENSANDO EM UMA SOLUÇÃO CRIEI ESSE DREAD QUE PODE SER TIRADO DEPOIS SEM NADA DANIFICAR O CABELO, TEM A APARÊNCIA DE VERDADEIRO E PODE SER USADO POR ATÉ 6 MESES, FAZENDO MANUTENÇÃO A CADA 2 MESES”



O processo se resume em trançar o cabelo com apoio de lã e depois cobrir a trança com cabelo sintético da Kanekalon-afrelle que é uma fibra com aparência de cabelo mais crespo e uma textura suave.
O processo todo ainda é mantido em segredo, mas ela garante que o cabelo não sofre dano nenhum. Ufa! Uma ótima alternativa para quem quer usar e retirar após alguns meses





VANESSA CORREIA, ANALISTA FINANCEIRA, 28 ANOS, SÃO PAULO: “desde 2004 vinha procurando novos “looks”, quando me deparei com a Cia das tranças by Chris, a partir daí dei inicio as minhas transformações... Comecei usando os dreads sintéticos. E atualmente, uso os dreads criado por Chris, um método de aplicação rápido, sem dor e prático para correria do dia-a-dia.”








ANDRÉ MILAGRES, MODELO E EMPRESÁRIO, 24 ANOS, CURITIBA-RS: “Eu adorei o novo visual, minha agência adorou também, quando resolvi fazer a matéria não imaginei que iria gostar tanto. Resolvi manter os dreads por um bom tempo. No sul tem muitos negros e brancos que fazem dreads, é moda por lá. Não tive ainda contato com o preconceito em relação as dreds, só elogios!”









Outras Opções
Dread tradicional – É o método mais difícil de fazer, exige tempo e dedicação, mas é a forma natural, aquela usada por civilizações antigas. O processo consiste em lavar os cabelos com xampu e, à medida que crescem, ir enrolando com a palma das mãos, formando os dreads. Recomenda-se lavar somente após 15 dias. Atenção: este método exige cabelos curtos (outros tipos podem não dar a forma básica) e fica difícil mantê-los limpos.
Dread com cera - Pode ser feito em qualquer tipo de cabelo, mas é necessário um comprimento acima de 10 centímetros, no mínimo. O processo consiste em dividir o cabelo em pequenos tufinhos de dois centímetros mais ou menos e embaraçar os cabelos com um pente de ferro, penteando da raiz as pontas. Depois, com todo o cabelo dividido e embolado, aplica-se a cera em cada um dos dreads, para fixá-los. Esse método exige manutenção de cera e que os dreads sejam enrolados frequentemente com as palmas das mãos. Para retirá-lo, só cortando. “Muito cuidado na hora de escolher a cera. Ela deve ser especial, preparada para esse tipo de trabalho. A cera é um produto como qualquer outro, tem validade e não sai mais do cabelo se o produto for ruim, gerando alguns problemas como irritação no couro cabeludo, queda de cabelo, mau cheiro, entre outros”, diz ivan tchagas, dreadmaker do grupo O Rappa.
Dread com agulha – É o processo mais comum e recomendado atualmente, segundo Ivan Tchagas, dreadmaker do grupo O Rappa. É dolorido, mas o resultado é bem superior, obtendo dreads compactos e limpos. “Deve-se estudar o trabalho do profissional antes de fazer. Exige cuidado e atenção para não machucar o cliente, diz. Divide-se o cabelo e penteia, como no processo com cera, da raiz as pontas. Após, costura-se com uma agulha de crochê. A manutenção frequente é muito recomendada para corrigir problemas (como os fios que soltam com o tempo) e dar aparência de novo.

“Depois que passei a usar os dreads, muita coisa em minha vida mudou. Eles trouxeram muitos benefícios, sou referência em eventos. Recebo poucas críticas, que não me abalam. Sou mais eu”, diz Flavio Inocêncio ou Pixote, 23 anos.










Eles são sinônimos de luta, imponência e respeito, porém, exigem cuidados em sua criação e manutenção. A boa notícia é que uma nova técnica em São Paulo permite dreads com aparência de verdadeiros e que podem ser retirados sem cortar o cabelo antigo. Que tal?















TEXTO E PRODUÇÃO SIMONE DIAS FOTOS RAFAEL CUSATO MAQUIAGEM REGIANE CERCHINI





















Cuidados Especiais
Alguns cuidados essênciais para garantir dreads limpos, brilhantes e saudáveis por muito mais tempo.
Lavar com shampoo antiresíduo ou sabonete de côco, ele vai deixar o cabelo livre de impurezas.
Usar sempre um tônico capilar apropriado ao tipo de cabelo. A cabeleireira Chris, da Cia das Tranças, recomenda a linha da tricofort,http://www.tricofort.com.br/
Secar muito bem o cabelo com secador ou ao sol.
Evitar lavar a noite, evitando assim dormir com ele molhados ou úmidos. Isso dificulta a proliferação de fungos prejudiciais aos fios e a sua saúde.
Não deixe de fazer a manutenção no salão a cada 2 meses, garantindo fios bonitos e desfrizados.














Registros apontam que os primeiros povos a utilizar os dreads foram os indianos, núbios, egípicos e africanos. Pela praticidade eles torciam pequenas mechas com as palmas das mãos, utilizando o óleo natural do couro cabeludo, diminuindo o volume e o tamanho natural do cabelo.

Algumas escrituras Vedic, dos seguidores de Shiva, apontam seu início entre 2500 e 500 aC. Alguns egípcios cobriam os dreads com adornos de ouro.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

DATE RAPE????? translation


Estupro

Deixe-me contar sobre uma garota que eu conheço
Ela tomou um drink a uma hora atrás
Sentada na esquina sozinha
Em um bar no centro do inferno

Ela ouviu um barulho e olhou para a porta
E viu um homem que nunca tinha visto antes
Pele clara, olhos azuis claros
Queixo duplo e um sorriso de plástico
Bem, o coração dela acelerou quando ele entrou pela porta
E sentou em um lugar vazio ao lado dela no bar
Tenho carro novinho estacionado da lado de fora,
Você gostaria de sair para dar uma volta?

Ela disse "espere um pouco, tenho que pensar"
Ele disse "tudo bem, posso te pagar uma bebida?"
Uma bebida se tornou em três ou quatro
E eles saíram e foram para o carro dele
E eles foram para um lugar realmente longe

"agora querida, a hora chegou
Gostaria de se divertir um pouco?"
E ela disse, " se fizermos do nosso jeito,
Eu não irei fugir"

Foi aí que as coisas saíram do controle

Ela não queria, mas ele já tinha começado
Ela disse "vamos embora", ele disse "de jeito nenhum"
"venha queria, é sue dia de sorte
Cale sua boca, nós vamos fazer do meu jeito.
Venha querida, não tenha medo
Se não fosse por este estupro, eu nunca iria transar."

Ele acabou e ligou o carro,
Virou as costas e foi para o bar.
Ele disse, " agora querida, não fique triste
Na minha opinião nem foi tão ruim"

Ela pegou um edra, e jogou no carro,
Bateu na cabeça dele, agora ele tem uma grande cicatriz.
Venha, galera de festa, vocês não me ouviram?
Date rape style.

No dia seguinte, ela foi no seu drawer,
Procurar por um advogado
Pegou o telefone e fez uma queixa na polícia
Para levar o filha da puta para a corte.

Bem, o dia que ele foi ver o juiz
Ele gritou "esta vadia está mentindo!"
O juiz sabia que ele era um merda
E deu para ele 25 anos
Agora o coração dele está cheio de lágrimas...

Uma noite, na prisão estava ficando tarde
Ele foi estuprado por um outro cara
E ele gritou, mas os guardas não prestaram atenção
para seus lamentos.

E aí as coisas saíram do controle

A moral da história do estupro,
É não pagar por ser bêbado e exitado..
Mas esse é o jeito que tem q ser
Eles prenderam ele e jogaram fora a chave
Bom, eu não consigo ter pena de um homem desse tipo
Mesmo que agora ele leve por trás

Mas esse é o jeito que tem q ser
Eles prenderam ele e jogaram fora a chave
Bom, eu não consigo ter pena de um homem desse tipo
Mesmo que agora ele leve por trás

Date rape!

Ela não queria
Ela não queria
Ela não queria
Ela não queria ter que agüentar isso.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

KING TUBBYS!!!!! REMIX!!!! DUB STYLE!!!!!!!!!




Biografia:


Tubby's músicas da carreira do rei começou em 1950 com a crescente popularidade do jamaicano sistemas de som , que estavam a ser encontradas por todo Kingston e que estavam se desenvolvendo em empresas empreendedoras.Como um técnico de rádio talentoso, Tubby encontrou-se logo em grande demanda pela maioria dos grandes sistemas de som de Kingston, como o clima tropical da ilha das Caraíbas, (muitas vezes combinados com a sabotagem dos rivais proprietários sistema de som), levou a defeitos e falhas nos equipamentos.Tubby possuía uma loja de reparo elétrico em Drumalie Avenue, Kingston, que os televisores fixos e rádios.Foi aqui que ele construiu grandes amplificadores para os sistemas de som do local.Em 1961/62, ele construiu sua própria rádio transmissor e brevemente funcionou uma rádio pirata tocando ska e rhythm and blues que ele rapidamente encerradas quando soube que a polícia estava à procura dos autores. [1] Tubby acabaria por formar o seu próprio som sistema, é Natural Tubby Hi-Fi, que se tornou um favorito do público, devido à alta qualidade de som do seu equipamento, lançamentos exclusivos e de Tubby próprio eco e reverb de efeitos de som, naquele momento algo de uma novidade.




Tubby começou a trabalhar como cortador de disco para o produtor Duke Reid em 1968.Reid, uma das figuras mais importantes da música jamaicana cedo ao lado rival 'Coxsone' Dodd Clement , correu Treasure Isle Studios, um dos primeiros Jamaica casas de produção independente, e foi um grande produtor de ska , rocksteady e, eventualmente, reggae gravações.Instado a produzir versões instrumentais de canções para MCs sistema de som ou torradeiras , Tubby trabalhou inicialmente para remover os vocais com os controles deslizantes de mistura de mesa de Reid, mas logo descobriram que o instrumental de várias faixas poderão ser acentuada, retrabalhada e enfatizou através das definições sobre a misturador e primitivo primeiras unidades efeitos.Com o tempo, Tubby (e outros) começaram a criar peças totalmente novo de música, deslocando a ênfase na instrumentais, adicionando sons e remoção de outras pessoas e adicionando vários efeitos especiais, como efeitos de eco, reverb e fase.Em parte devido à incrível popularidade desses primeiros remixes , 1971 viu o soundsystem Tubby consolidar sua posição como um dos mais populares em Kingston e então ele decidiu abrir um estúdio próprio.



Morte:


King Tubby foi baleado e morto em 06 fevereiro de 1989 por um grupo desconhecido de pessoas fora de sua casa em Duhaney Park , após retornar de uma sessão em seu estúdio Waterhouse.Acredita-se que o assassinato foi provavelmente uma tentativa de assalto.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

SIR SLOWHAND!

Eric Patrick Clapton CBE (Ripley, 30 de março de 1945) é um guitarrista, cantor e compositor britânico. Apelidado de Slowhand, é considerado um dos melhores guitarristas do mundo.[1]

Embora seu estilo musical tenha variado ao longo de sua carreira, Clapton sempre teve suas raízes ligadas ao blues. Clapton foi considerado inovador pelos críticos em várias fases distintas de sua carreira, atingindo sucesso tanto de crítica quanto de público e tendo várias canções listadas entre as mais populares de todos os tempos, tais como "Layla", "Wonderful Tonight" e a regravação de "I Shot the Sheriff", de Bob Marley.

Em 2004 foi condecorado com o título de Comandante da Ordem do Império Britânico (CBE).

Carreira musical e vida pessoal

Infância e início da carreira

Clapton nasceu em Ripley, na Inglaterra, Sua mãe era solteira e o teve com 16 anos de idade. Foi criado pela sua avó e pelo marido desta, acreditando que eles eram seus pais e que sua mãe era sua irmã mais velha. Descobriu a verdade aos 9 anos de idade, e essa revelação foi um momento muito marcante na sua vida. Depois disso, ele deixou de se aplicar na escola e se tornou um garoto calado, tímido, solitário e distante de sua família. Desde então, música era o que mais o refugiava e distraía das angústias da realidade. Era uma paixão, que no decorrer dos anos, fora passando a ser parte considerável de sua vida.

Seu primeiro emprego foi como carteiro e, aos 13 anos de idade, pela sua insistência, ganhou seu primeiro violão de sua avó Rose. Apesar da dificuldade inicial de aprender a tocar o instrumento, quase desistindo, acabou se esforçando para tocar os primeiros acordes influenciado por canções antigas de blues, que tentava reproduzir. Com um pequeno gravador, Eric se empenhava em reproduzir músicas de blues que gostava, até achar que estivesse tocando igual aos artistas originais, o que fora o ajudando a desenvolver sua técnica. Em pouco tempo, já dedicava horas diárias ao aprendizado, e foi conseguindo dominar o instrumento.

Depois de completar o ensino básico, em 1962 Clapton fez um ano introdutório na Kingston School of Art, mas não continuou o curso. Em janeiro de 1963, indicado pela namorada do guitarrista Tom McGuinness, que fora sua colega no curso de artes, ingressou na banda The Roosters. Seus ensaios eram no andar de cima de um pub e a guitarra, o teclado e o vocal iam no mesmo amplificador, pois não tinham muitos recursos. Chegaram a fazer algumas apresentações, e Eric permaneceu na banda até agosto do mesmo ano.


O surgimento de Clapton

Ainda em 63, passou a integrar a banda Yardbirds, que começava a fazer sucesso na Grã-Bretanha. O empresário da banda e grande entusiasta do blues chamava-se Giorgio Gomelsky. Giorgio tinha aberto um lugar chamado CrawDaddy Club, no velho Station Hotel, em Richmond. A banda que residia o local nas noites de domingo era a recém-formada Rolling Stones. Lá Eric conheceu Mick, Keith e Brian em seu período de gestação, quando tocavam apenas R&B. Entrou na banda Yardbirds depois de ser alertado por seu então amigo Keith Richards, do Rolling Stones de que o guitarrista Topham estava prestes a desistir da banda. Com o passar do tempo, os Yardbirds foram alternando seu estilo para o ritmo Pop, o que desagradava a Eric. Sendo assim, fiel às suas raízes no blues, recusou-se a seguir a direção escolhida pelo grupo, e acabou saindo em março de 1965. Após a saída de Clapton a banda ainda teria mais 2 grandes guitarristas como integrantes, sendo o primeiro Jeff Beck, e depois Jimmy Page. Depois de um tempo em empregos temporários, Eric entrou para a John Mayall & the Bluesbreakers, estabelecendo seu nome como músico de blues e inspirando o fanatismo de jovens que pixavam Londrescom a inscrição "Clapton is God" ("Clapton é Deus") por toda parte.

Ele largou os Bluesbreakers em 1966 e então formou o Cream (nome designado por Eric), um dos primeiros "power trios" do rock, com seus amigos Jack Bruce e Ginger Baker, este, a pedidos de Eric à Jack Bruce. Estes eram seus amigos de festas, que aconteciam em suas casas, nas quais era comum que todos bebessem e fumassem quantidades maciças de droga, enquanto escutavam sons de blues. Clapton e esses amigos se tornaram tão próximos que resolveram entre si formar um grupo e tocar juntos, já que tinham os gostos semelhantes entre si. Foi nessa época que Eric começou a desenvolver-se como cantor, embora Bruce, um dos melhores vocalistas do rock, fizesse a maioria dos vocais.

No final de 1966 o status de Clapton como melhor guitarrista da Grã-Bretanha foi abalado com a chegada de Jimi Hendrix. Hendrix compareceu a uma das primeiras apresentações do Cream, no London Polytechnic em 1 de outubro de 1966, e tocou uma jam com a banda durante "Killing Floor". O líder de Cream ficou chocado ao ver as extrovertidas e irreverentes brincadeiras que Jimi fazia durante a apresentação. Nunca havia visto algo parecido. Eric imediatamente percebeu que havia ganho um imbatível adversário, cujo carisma era igualado somente por sua incrível técnica na guitarra. Os primeiros shows de Hendrix no Reino Unido foram assistidos pela maioria dos astros da música britânica, incluindo Clapton, Pete Townshend e os Beatles. A chegada do americano teria um impacto profundo e imediato na próxima etapa da carreira de Clapton. O público só pensava no recém-chegado americano Hendrix.


Fim do Cream

Embora o Cream seja apresentado como um dos melhores grupos de sua geração, a banda teve vida curta. As lendárias brigas internas - especialmente entre Bruce e Baker - aumentaram a tensão entre os três integrantes, levando ao fim do trio. Outro fator significante foi uma crítica pesada da revista Rolling Stone de um dos shows do Cream, o que afetou Clapton profundamente.

Goodbye, álbum de despedida da banda, apresentava faixas ao vivo gravadas no Royal Albert Hall, assim como a versão de estúdio de "Badge", composta por Eric e George Harrison.

A amizade próxima dos dois resultou na performance de Clapton em "While My Guitar Gently Weeps", lançada no White Album dos Beatles. Ao acompanhar de perto o sofrimento da esposa de Harrison, Pattie Boyd, que vivia abandonada em razão do interesse do marido pela cultura hindu, Eric acabou se apaixonando. E o sofrimento por amar a mulher de seu melhor amigo o inspiraria a compor uma das suas canções mais conhecidas: "Layla".

Uma segunda participação em outro super grupo, o Blind Faith (1969), com Baker, Steve Winwood e Rick Grech, resultou em um álbum estupendo e uma turnê norte-americana financeiramente proveitosa. Já aí Clapton estava cansado de sua fama e do burburinho que cercava o Cream e o Blind Faith, além de ter ficado profundamente afetado pela música doThe Band – com o qual de fato ele já havia pedido para se juntar depois do fim do Cream. Clapton então decidiu ficar um pouco nas sombras, e passou a viajar em turnê como convidado do grupo americano Delaney and Bonnie and Friends. Ele tornou-se amigo íntimo de Delaney Bramlett, que o encorajou a voltar a compor e a cantar.


Solo

Usando a banda de apoio de Bramletts e um elenco estelar de músicos de estúdio, Clapton lançou seu primeiro disco solo em 1970, que trazia uma de suas melhores composições: "Let It Rain".

Se apropriando da seção rítmica do Delaney & Bonnie – Bobby Whitlock (teclado, vocais), Carl Radle (baixo) e Jim Gordon (bateria) – ele formou uma nova banda com a intenção de contrastar com o culto de "estrelismo" que crescera a sua volta e mostrar Clapton como um integrante no mesmo patamar dos demais. Isto tornou-se ainda mais evidente com a escolha do nome – Derek and the Dominos – que veio de uma piada nos bastidores do primeiro show da banda.

Trabalhando no Criterion Studios em Miami com o produtor Tom Dowd, a banda gravou um brilhante álbum duplo, hoje em dia considerado como a obra-prima de Clapton: Layla and Other Assorted Love Songs. A maioria do material, incluindo a faixa título, foram inspirados pelo conto árabe Majnun e Layla e mostravam o grande amor não declarado de Clapton por Patti Harrison. "Layla" foi gravada em duas sessões distintas; a seção de abertura na guitarra foi gravada primeiro, e para a segunda seção, o baterista Jim Gordon compôs e tocou o elegante trecho ao piano.

Mas a tragédia marcou o grupo durante sua breve carreira. Durante as sessões, Clapton ficou devastado com a notícia da morte de Jimi Hendrix; a banda gravou uma versão tocante de "Little Wing" como um tributo a ele, adicionando-a ao álbum. Um ano depois, Duane Allman morreu em um acidente de motocicleta. Contribuindo mais para o sofrimento de Clapton, o álbum Layla receberia somente algumas poucas críticas neutras quando de seu lançamento.


Drogas e álcool

Clapton em 1974.

O esfacelado grupo resolveu iniciar uma turnê norte-americana. Apesar da admissão posterior de Clapton de que a turnê ocorreu em meio a uma verdadeira orgia de drogas e álcool, aquilo acabou resultando em um poderoso álbum ao vivo, In Concert. Mas o grupo se desintegraria pouco tempo depois em Londres, na véspera da gravação de seu segundo LP de estúdio. Embora Radle tenha continuado a trabalhar com Clapton por vários anos, a briga entre Eric e Bobby Whitlock foi aparentemente feia, e eles nunca mais voltariam a tocar juntos. Outra trágica nota de rodapé para a história do Dominos foi o destino de seu baterista Jim Gordon, que sofria de esquizofrenianão-diagnosticada – anos depois, durante um surto psicótico, ele mataria a própria mãe a marretadas, sendo confinado em um hospício, onde permanece até hoje.

Apesar de seu sucesso, a vida pessoal de Clapton encontrava-se em estado deplorável. Além de sua paixão por Pattie Boyd-Harrison, ele parou de tocar e se apresentar e tornou-se viciado em heroína, o que resultou em um hiato em sua carreira. A única interrupção notável desse hiato foi sua participação no Concerto para Bangladesh - organizado por George Harrison - e, depois, pelo "Rainbow Concert", organizado por Pete Townshend do The Who para ajudar Clapton a largar as drogas.

Clapton devolveu a gentileza ao interpretar o "Pregador" na versão cinematográfica de Tommy em 1975; sua aparição no filme (tocando "Eyesight To The Blind") é notável pelo fato de ele estar claramente usando uma barba falsa em algumas sequências – o resultado de ele impensadamente raspar sua barba entre as gravações.

Relativamente limpo novamente, Clapton começou a organizar uma nova e forte banda, que incluía Radle, o guitarrista George Terry, o baterista Jamie Oldaker e as backing vocals Yvonne Elliman e Marcy Levy. Eles viajaram em turnê ao redor do mundo, posteriormente lançando o soberbo E.C. Was Here (1975).

Clapton lançou 461 Ocean Boulevard em 1974, álbum mais enfatizado nas canções ao invés de sua técnica na guitarra. Sua versão de "I Shot The Sheriff" foi um grande sucesso, sendo importante ao apresentar o reggae e a música de Bob Marley para um público mais extenso. Ele também promoveu o trabalho do cantor-compositor-guitarrista J.J.Cale.

Eric continuou a gravar e a fazer turnês regulares, mas a maioria de seu trabalho desta época foi deliberadamente mais calmo, fracassando em obter a mesma repercussão do início de sua carreira.

Clapton em 1977.


Maré de azar

Em 1976, Clapton foi o centro de polêmicas devido a acusações de racismo, ao protestar contra a imigração crescente durante um show emBirmingham. Clapton disse que a Inglaterra estava "se tornando superpopulada" e implorou para que a platéia votasse em Enoch Powell para impedir que a Grã-Bretanha virasse uma "colônia negra". Seus comentários motivariam diretamente a criação do evento Rock Against Racism. Apesar do impacto negativo em sua carreira e reputação, Clapton sempre se recusou a diminuir o episódio e negou que havia alguma contradição entre seu ponto de vista político e sua carreira baseada essencialmente num formato musical criado pelos negros. Nesta mesma época, seu nome começou a aparecer em álbuns lançados no Japão como "Eric Crapton" ("Crap" significa "fezes", em inglês), embora isso seja provavelmente mais um caso de "engrish" do que de malevolência.

O final dos anos 1970 viu um Clapton com dificuldades de se acertar com a música popular, causando uma recaída no alcoolismo que o levou a ser hospitalizado e depois internado para um período de convalescência em Antígua, onde ele mais tarde apoiaria a criação de um centro de reabilitação existente até hoje, chamado Crossroads Center, e, mais tarde, criou um evento chamado Crossroads Guitar Festival, que visava arrecadar dinheiro para contribuir com o tratamento dos dependentes de drogas. Em 1985 Clapton conheceu Yvone Khan Kelly, com quem ele começaria um relacionamento. Eles tiveram uma filha, Ruth, que nasceu no mesmo ano. Clapton se divorciaria de Yvone Khan Kelly em 1988.

No começo dos anos 1990, a tragédia voltaria a atormentar a vida de Clapton em duas ocasiões. No dia 27 de agosto de 1990 o guitarristaStevie Ray Vaughan (que estava em turnê com Eric) e dois membros de sua equipe de apoio morreram em um acidente de helicóptero. No ano seguinte, em 20 de março de 1991, Conor, filho de quatro anos de Clapton com a modelo italiana Lori Del Santo, morreu depois de cair da janela de um apartamento. Um instantâneo da dor de Clapton pôde ser visto com a canção "Tears In Heaven", My Father's Eyes (Pilgrim, 1998) e Circus Left Town (Pilgrim, 1998).

Clapton em 2006.


Slowhand ressurgindo

Assim como MTV Unplugged (vencedor do Grammy em 1993), seu álbum From The Cradle trazia várias versões de antigos sucessos do blues, dando destaque a seu estilo econômico no violão. Em 1997, ele gravou um álbum de música eletrônica sob o pseudônimo de TDF, Retail Therapy, terminando o século XX com aclamadas parcerias com Carlos Santana e B. B. King.

Em 1999, Clapton, então com 56 anos, conheceu a artista gráfica Melia McEnery, 25, em Los Angeles enquanto trabalhava em um álbum com B. B. King. Eles se casaram em 2002 e tiveram três filhas, Julia Rose (2001), Ella May (2003) e Sophie, nascida em 2005.

Tão conhecido quanto Clapton é o seu costume de usar uma variedade de guitarras. No começo de sua carreira, ele usava uma Gibson Les Paul do final dos anos 1970, sendo parcialmente responsável pela reintrodução do estilo original da Les Paul pela Gibson.

Mais tarde, Clapton começou a usar Stratocasters da Fender. A mais famosa de todas as suas guitarras foi Blackie, montada com pedaços de várias Strats e que ele usou até os anos 1990, Depois, por medo de danificá-la, guardou em casa, e não a levou mais aos palcos. Por fim, Clapton se desfez da "Blackie" por U$959,500 no leilão organizado pela Christie's de Nova York, em benefício do centro de reabilitação Crossroads.

Em 1988, Clapton foi honrado pela fábrica de guitarras Fender com a introdução de uma Stratocaster feita sob medida para ele, juntamente com Yngwie Malmsteen. Aquelas foram as primeiras guitarras modeladas para artistas na famosa série "Signature" da Stratocaster, que desde então incluiu modelos para Jeff Beck, Buddy Guy e Stevie Ray Vaughan, entre outros.

Em 1999, Clapton levou a leilão parte de sua coleção de guitarras para levantar fundos para o Crossroads, centro de reabilitação para viciados que ele fundou na Antígua em 1997. O montante total conseguido no leilão pela Christie’s foi de U$7,438,624.

Em 3 de novembro de 2004, Clapton é condecorado com o título de Comandante da Ordem do Império Britânico (CBE).


Show no Brasil

Em outubro de 2011 Eric Clapton faz Show no Brasil. Toca no dia 6 em Porto Alegre (Estacionamento da Fiergs), no dia 9 e 10 no Rio de Janeiro (HSBC Arena) e no dia 12 em São Paulo (Estádio do Morumbi)