domingo, 20 de julho de 2008

RITMO SINCOPADO???

Síncope (música)

Em música, síncope é uma característica rítmica caracterizada pela execução de uma nota tocada em um tempo fraco que se prolonga até o tempo forte do compasso, criando um deslocamento da acentuação rítmica.

Muitas vezes nas músicas temos um efeito de deslocamento natural da acentuação, ou seja, o tempo forte, primeiro tempo do compasso, é preenchido por pausa (silêncio) ou então temos um prolongamento do som anterior. Convém lembrar que todo tempo tem uma parte forte e outra fraca. A parte forte de um tempo é exatamente o momento em que a marcação do tempo é feita. O resto da duração do tempo constitui a parte fraca. Portanto, este deslocamento pode ser feito em qualquer um dos tempos do compasso. Esse deslocamento rítmico pode tomar duas formas principais:

  • Síncope - quando uma nota é executada em tempo fraco ou parte fraca de tempo e se prolonga ao tempo forte ou parte forte do tempo seguinte. A síncope é regular quando as notas que a formam têm a mesma duração. É chamada de irregular quando suas notas têm durações diferentes.
  • Contratempo - quando a nota soa em tempo fraco, ou parte fraca de tempo, sendo antecedida, isto é, tendo no tempo forte ou na parte forte do tempo, uma pausa.

Diversos gêneros musicais possuem síncopes no seu ritmo básico, tais como o samba, reggae e diversos ritmos latinos.

BLUE NOTE????

Blue Note ou Nota fora é um artifício musical muito utilizado em hamônias de Blues e Jazz.

Descrição

A Blue Note é uma nota que provém das escalas usadas nas canções de trabalho praticadas pelos povos africanos. A característica musical resultante imprime um carácter lamentatório à música podendo considerar-se uma consequência da dureza do trabalho nos campos.

Do ponto de vista sistémico, consiste em criar uma nota que não consta na escala diatónica tradicional, baixando alguns comas aos terceiro, quinto e sétimo graus da referida escala. Estas transformações tornam uma escala maior numa escala de blues. A escala de blues é usada na maioria dos blues de 12 e 8 compassos, mas também em várias canções populares convencionais com um sentimento "blue".

Esta herança escalar migrou mais tarde para o universo jazzístico.

Exemplo

Pentatónica de Am

  • A-C-Eb-E-G
SIM...

sábado, 19 de julho de 2008

JAZZ

O jazz é uma manifestação artística-musical originária dos Estados Unidos da América. Tal manifestação teria surgido por volta do início do século XX na região estadunidense de Nova Orleans e em suas proximidades, tendo na cultura popular e na criatividade das comunidades negras que ali viviam um de seus espaços de desenvolvimento mais importantes.

O Jazz se desenvolveu com a mistura de várias tradições musicais, em particular a afro-americana. Esta nova forma de se fazer música incorporava blue notes, chamada e resposta, forma sincopada, polirritmia, improvisação e notas com swing do ragtime. Os instrumentos musicais básicos para o Jazz são aqueles usados em bandas marciais e bandas de dança: metais, palhetas e baterias. Uma pequena banda de músicos, a maioria deles vindos de Nova Orleans, tiveram participação importante no desenvolvimento e disseminação do Jazz.

As origens da palavra Jazz são incertas. A palavra tem suas raízes na gíria norte-americana e várias derivações têm sugerido tal fato. O Jazz não foi aplicado como música até por volta de 1915. Earl Hines, nascido em 1903 e mais tarde se tornou celebrado músico de jazz, costumava dizer que estava "tocando o piano antes mesmo da palavra "jazz" ser inventada". Durante seu desenvolvimento inicial, o jazz também incorporava hinos religiosos da Nova Inglaterra e das músicas populares Norte americanas dos séculos XIX e XX, baseados em tradições de musicais européias.

Conceituação

Como o termo "jazz" tem desde longa data sido usado para uma grande variedade de estilos, uma definição abrangente que incluisse todas as variações é difícil de ser encontrada. Enquanto alguns entusiastas de certos tipos de jazz tem colocado definições menos amplas, que excluem outros tipos, que também são comumente descritas como "jazz", os próprios jazzistas são muitas vezes relutantes quanto a definição da música que são executadas. Duke Ellington dizia, "é tudo música." Alguns críticos tem dito que a música de Ellington não era de fato jazz, como a sua própria definição, segundo esses críticos, o jazz não pode ser orquestrado.

Por outro lado, os 20 solos de Earl Hines "versões modificadas" das composições de Duke Ellington (em Earl Hines Plays Duke Ellington gravado por volta dos anos 70) foi descrito por Ben Ratliff, crítico do New York Times, como "um exemplo tão bom do processo de jazz quanto qualquer outra coisa que temos."[2]
Há bastante tempo existem debates na comunidade do jazz sobre a definição e as fronteiras do "jazz". Em meados da década de 1930, amantes do jazz de Nova Orleans criticaram as "inovações" da era do swing como contrárias a improvisação coletiva, eles pensavam nisso como essencial para a natureza do "verdadeiro" jazz.

Pelos anos 40, 50 e 60, eram ouvidas critícas dos entusiastas do jazz tradicional e dos fãs do Bop, na maioria das vezes dizendo que o outro estilo não era, de alguma forma, o jazz "autêntico". Entretanto, a alteração ou transformação do jazz por novas influências tem sido desde o princípio criticada como "degradação", Andrew Gilbert diz que o jazz tem a "habilidade de absorver e transformar influências" dos mais diversos estilos de música.[3].

As formas de música tendo como objetivo comercial ou com influência da música "popular" tem sido ambas criticadas, ao menos quando ocorre o surgimento do Bop. Fãs do jazz tradicional rejeitaram o Bop, o jazz fusion da era dos anos 70, é definido por eles como um período de degradação comercial da música. Todavia, de acordo com Bruce Johnson, jazz sempre teve uma "tensão entre jazz como música comercial e uma forma musical".[4].Gilbert nota que como a noção de um cânon de jazz está se desenvolvendo, as "conquistas do passado" podem se tornar "...privilegiadas sob a criatividade particular..." e a inovação dos artistas atuais. O crítico de jazz da Village Voice Gary Giddins diz que assim que a disseminação e a criação do jazz está se tornando cada vez instituciomalizada e dominada por firmas de entretenimento maiores, o jazz está lidando com "...um perigoso futuro de aceitação de respeitabilidade e desinteresse." David Ake adverte que a criação de "normas" no jazz e o estabelecimento de um "jazz tradicional" pode excluir ou deixar de lado outras mais novas, formas de jazz avant-garde[4]

Uma maneira de resolver os problemas de definição é expor o termo "jazz" de uma forma mais abrangente. De acordo com Kin Gabbard "jazz é um conceito" ou categoria que, enquanto artificial, ainda é útil ser designada como: "um número de músicas com elementos suficientes em parte comum de uma tradição coerente". Travis Jackson também define o jazz de uma forma mais ampla, afirmando que é uma música que inclue atributos tais como: "swinging,improvisação, interação em grupo, desenvolvimento de uma "voz individual", e estar "aberto" a diferentes possibilidades musicais"


Improvisação


Enquanto o jazz pode ser de difícil definição, improvisação é claramente um dos elementos essenciais. O blues mais antigo era habitualmente estruturado sob o repetitivo padrão pergunta e resposta, elemento comum em músicas tradicionais. Uma forma de música tradicional que aumentou em parte devido as canções de trabalho e field hollers. No blues mais antigo a improvisação era usada com bastante propriedade.

Essas características são fundamentais para a natureza do jazz. Enquanto na música clássica européia elementos de interpretação, ornamento e acompanhamento são, às vezes, deixados a critério do intérprete, o objetivo elementar do intérprete é executar a composição como está escrita. No jazz, entretanto, o músico irá interpretar a música de forma peculiar, nunca executando a mesma composição exatamente da mesma forma mais de uma vez.

Dependendo do humor e da experiência pessoal do intérprete, interações com músicos companheiros, ou mesmo membros do público, um intérprete/músico de jazz pode alterar melodias, harmonias ou fórmulas de compasso da maneira que achar melhor. No Dixieland Jazz, os músicos revezavam tocando a melodia, enquanto outros improvisavam contra melodias. A música clássica da Europatem sido conhecida como um meio para o compositor. Jazz ,contudo ,é muitas vezes caracterizado como um produto de criatividade democrática, interação e colaboração, colocando valor igual na contribuição do compositor e do intérprete.

Na era do swing, big bands passaram a ser mais baseadas em arranjos musicais - os arranjos foram tanto escritos como aprendidos de ouvido e memorizados (muitos músicos de jazz não liam partituras). Solistas improvisavam dentro desses arranjos. Mais tarde no bebop, o foco mudou para os grupos menores e arranjos mínimos; a melodia (conhecida como "head") era indicada brevemente no início e ao término da música, e o âmago da performance era uma série de improvisações no meio.

Estilos de jazz que vieram posteriormente, tais como o jazz modal, abandonando a noção estrita de progressão harmônica, permitindo aos músicos improviso com ainda mais liberdade, dentro de um contexto de uma dada escala ou modo (ex.: So What no álbum do Miles Davis, Kind of Blue).

As linguagens avant-garde jazz e o free-jazz permitem, e exigem, o abandono de acordes, escalas, e métrica rítmica, o grupo Das erste Wiener Gemüseorchester é um exemplo de free-jazz. Quando um pianista, violonista ou outro instrumentista com instrumentos harmônicos, improvisam um acompanhamento enquanto um solista está tocando, isso é chamado de comping (contração da palavra "accompanying"). "Vamping" é um modo de comping que é normalmente restrito a poucos acordes repetitivos ou compassos, como oposição ao comping na estrutura do acorde ao longo da composição. O Vamping também é usado como uma maneira simples de estender o começo ou fim de uma música ou continuar uma segue.

Em algumas composições modernas de jazz, onde os acordes fundamentais da composição são complexos ou de mudança rápida, o compositor ou o intérprete podem criar uma série de "blowing changes", que é uma série de acordes simplificada, melhor aplicada em comping e no improviso solo.

História

Origens

Por volta de 1808 o comércio de escravos no Atlântico trouxe aproximadamente meio milhão de africanos aos Estados Unidos, em grande quantidade para os estados do sul. Grande parte dos escravos vieram do oeste da África e trouxeram fortes tradições da música tribal [5]. Em 1774 um visitante os descreveu, dançando ao som do banjo de 4 cordas e cantando "a música maluca", satirizando a maneira com que eram tratados. Uma década mais tarde Thomas Jefferson similarmente notou "o banjar, que foi trazido da distante África". Foi feita de cabaça, como a bânia senegalesa ou como a akonting do Oeste da África. Festas de abundância com danças africanas, ao som de tambores, eram organizadas aos domingos em Place Congo Nova Orleães, até 1843, sendo como uma festa similar em Nova Orleães e Nova Iorque.

Escravos da mesma tribo, eram separados para evitar a formação da revolta, e pela mesma razão em Georgia e Mississippi, não era permitido, aos escravos, a utilização de tambores ou instrumentos de sopro que fossem muito sonoros que poderiam ser usados no envio de mensagens codificadas. Entretanto, muitos fizeram seus próprios instrumentos com materiais disponíveis, e a maioria dos chefes das plantações incentivaram o canto para que fosse mantida a confiança do grupo. A música africana foi altamente funcional, tanto para o trabalho quanto para os ritos.

As work songs e field hollers incorporaram um estilo que poderia ser ainda encontrado em penitenciárias dos anos 60, e em um caso eram parecidas com uma canção nativa ainda utilizada em Senegal. No porto de Nova Orleães, estivadores negros ficaram famosos pelas suas canções de trabalho. Essas canções mostravam complexidade rítmica com características de polirítimia do jazz. Na tradição africana eles tinham uma linha melódica e com o padrão pergunta e resposta, contudo, sem o conceito de harmonia do Ocidente. O ritmo refletido no padrão africano da fala e o sistema tonal africano levaram ao blue notes do jazz.

No começo do século XIX, um número crescente de músicos negros aprendiam a tocar instrumentos do ocidente, particularmente o violino, provendo entretenimento para os chefes das plantations e aumentando o valor de venda daqueles que ainda eram escravos. Conforme aprendiam a música de dança européia, eles parodiavam as músicas nas suas próprias danças cakewalk. Por sua vez, apresentadores dos minstrel show, euro-americanos com blackface, estilo de maquiagem usado para sátira , popularizavam tal música internacional, a qual era combinação de síncopas com acompanhamento harmônico europeu. Louis Moreau Gottschalk adaptou música latina e melodia de escravos para músicas de piano de salão, com músicas tais como Bamboula, danse de nègres de 1849 e Le Banjo, dance de nègres de 1849 e Le Banjo, Fantaisie grotesque de 1855, enquanto sua música polka Pasquinade, em torno do ano 1860, antecipou ragtime e foi orquestrado como parte do repertório de concerto da banda de John Philip Sousa, fundada em 1892.

Outra influência veio dos negros que freqüentavam a igreja e aprenderam o estilo harmônico dos hinos. Também, adaptavam os hinos em spirituals que aumentou em importância quando "grupos separatistas de igreja" foram formados depois da Guerra Civil dos Estados Unidos da América levou à abolição da escravatura nos Estados Unidos, em 1865. As origens do blues não estão registradas em documentos, entretanto, elas podem ser vistas como contemporâneas dos Negro Spirituals. Paul Oliver chamou a atenção à similaridade dos instrumentos, música e função social dos griots da savana do oeste africano, sob influência Islâmica. Ele notou estudos mostrando a complexidade rítmica da orquestra de tambores da costa da floresta temperada, que sobreviveram relativamente intacta no Haiti e outras partes do oeste das Indias mas não era farta nos Estados Unidos. Ele sugeriu que a música de cordas do interior sudanês se adaptou melhor com a música popular e baladas narrativas, dos ingleses e dos donos de escravos scots-irish e influenciaram tanto o jazz como o blues.

Décadas de 1890-1910

Salões para baile público, e tea rooms foram abertos nas cidades. A música popular de bailes na época eram em estilos blues-ragtime. A música era vibrante, entusiástica e, quase sempre, improvisada. A música Ragtime daquele tempo era em formato de marchas, valsas e outras formas tradicionais de músicas, porém, a característica consistente era a sincopação. Notas e ritmos sincopados se tornaram tão populares com o público que os editores de partituras incluíram a palavra "sincopado" em seus anúncios. Em 1899, um pianista jovem e treinado, de Missouri, Scott Joplin, publicou o primeiro de muitas composições de Ragtime que viriam a ser música de gosto popular. As apresentações do líder de banda Buddy Bolden em Nova Orleãs, desfiles e danças são um exemplo de estilo de improviso do jazz. O rápido crescimento do público que apreciava a música no pós-guerra, produziu mais músicos treinados que fossem formais. Por exemplo, Lorenzo Tio, Scott Joplin e muitas outras importantes figuras, no período inicial do jazz tiveram como base os paradigmas da música clássica.

A emancipação dos escravos levou à novas oportunidades para a educação de afro-americanos que eram livres, mas a segregação *estrita significava oportunidades de trabalho limitadas, trabalhos subalternos. Havia exceções: ser professor, pregador, músico; e muitos obtinham educação musical. Euro-americanos costumavam ver os músicos negros como provedores de entretenimento de "classe-inferior" nas danças e nos minstrel shows, e mais tarde o vaudeville. Várias bandas marciais foram formadas, aproveitando a disponibilidade de instrumentos usados nas bandas do exército. Um pianista negro não podia ser aceito em salas de concertos, mas poderia ser encontrado tocando na igreja ou tinham oportunidades de trabalho em bares, clubes e bordéis de zonas de meretrício, sendo que, aqueles que liam partitura eram chamados de "professores" enquanto os outros eram "tocadores(ticklers)" que tocavam marfim. Antonin Dvorák escreveu um artigo controverso, publicado em fevereiro de 1898 no Harper's New Montly Magazine, aconselhando os compositores americanos a basearem a sua música nas melodias dos negros.


BLUES

O blues é uma forma musical vocal e/ou instrumental que se fundamenta no uso de notas tocadas ou cantadas numa frequência baixa, com fins expressivos, evitando aquelas notas da escala maior, utilizando sempre uma estrutura repetitiva. Nos Estados Unidos surgiu a partir dos cantos de fé religiosa, chamadas spirituals e de outras formas similares, como os cânticos, gritos e canções de trabalho, cantados pelas comunidades dos escravos libertos, com forte raiz estilística na África Ocidental. Suas letras, muitas vezes, incluíam sutis sugestões ou protestos contra a escravidão ou formas de escapar dela.

O Blues tem exercido grande influência na música popular ocidental, definindo e influenciando o surgimento da maioria dos estilos musicais como o ragtime, jazz, rhythm and blues, rock and roll e música country, além de ska-rocksteady, soul music e influenciando também na música pop convencional e até na música clássica moderna.

As origens

O blues sempre esteve profundamente ligado à cultura afro-americana, especialmente aquela oriunda do sul dos Estados Unidos (Alabama, Mississipi, Lousiana e Georgia), dos escravos das plantações de algodão que usavam o canto, posteriormente definido como "blues", para embalar suas intermináveis e sofridas jornadas de trabalho. São evidentes tanto em seu ritmo, sensual e vigoroso, quanto na simplicidade de suas poesias que basicamente tratavam de aspectos populares típicos como religião, amor, sexo, traição e trabalho. Com os escravos levados para a América do Norte no início do século XIX, a música africana se moldou no ambiente frio e doloroso da vida nas plantações de algodão. Porém o conceito de "blues" só se tornou conhecido após o término da Guerra Civil quando sua essência passou a ser como um meio de descrever o estado de espírito da população afro-americana. Era um modo mais pessoal e melancólico de expressar seus sofrimentos, angústias e tristezas. A cena, que acabou por tornar-se típica nas plantações do delta do Mississippi, era a legião de negros, trabalhando de forma desgastante, sobre o embalo dos cantos, os "blues".

As raízes no delta

Há várias versões sobre aquela que é a primeira composição típica de blues, assim como seu primeiro idealizador. Diz a lenda que o autoproclamado "Pai do Blues" W. C. Handy ouviu este tipo de música pela primeira vez em 1903, quando viajava clandestinamente em um vagão de trem e observava um homem que tocava violão com um canivete. Daí teria surgido aquele que é dito como o primeiro blues da história, St. Louis Blues. Porém o mais correto a afirmar é que o blues surgiu de uma forma mais ambiental e progressiva do que uma única canção. De fato, a instrumentalização das work songs (canções de trabalho) foi o marco inicial para o surgimento do blues como estilo de música.

O primeiro nome popular a surgir como músico específico de blues foi o de Charley Patton, em meados da década de 20. Posteriormente, na mesma época, surgiram nomes como de Son House, Willie Brown, Leroy Carr, Bo Carter, Silvester Weaver, Blind Willie Johnson, Tommy Johnson entre outros. A princípio, a maioria das canções interpretadas eram cantos tradicionais como Catfish Blues e John The Revelator, canções essas que tiveram vários intérpretes e versões variadas no decorrer da história. Porém, foi na década de 30 que surgiu aquele que é talvez o nome mais influente e idolatrado do blues: Robert Johnson. Influenciado sobretudo por Son House e Willie Brown, Johnson viveu pouco tempo, cerca de 27 anos, sendo que a sua data de nascimento não é totalmente precisa. Vitimado, segundo a lenda, por um whisky envenenado pelo marido de uma de suas amantes. Gravou 29 canções apenas, entre 1936 e 1937, porém são considerados os maiores clássicos de blues de todos os tempos. Diz ainda a lenda que o estrelato de Robert Johnson veio após um trato feito com o diabo numa encruzilhada. Johnson entregou sua alma ao diabo e em troca ele se tornaria o maior cantor de blues de todos os tempos. Coincidências à parte, de fato a curta vida de Robert Johnson é repleta de mistérios, sobretudo a sua controvertida morte.

No final dos anos 30 e inícios dos 40 surgiram as primeiras grandes bandas de blues, de Sonny Boy Williamson e Big Bill Broonzy. E a partir de 1942 o blues sofre sua primeira grande "revolução" interna com o soar das primeiras notas eletrificadas do legendário guitarrista T-Bone Walker. Certamente é deste nome que remonta as origens do formato consagrado do blues moderno, baseado na repetição 12 compassos da melodia base e com o solo totalmente livre do acompanhamento, (ou seja, o puro improviso) o que não ocorria até então já que o solista era na maioria dos casos também o responsavel pelo parte ritmica instrumental. O que certamente tornou possível a T-Bone Walker ser o percurssor do estilo clássico moderno do blues foram suas raízes no Jazz, que posteriormente imortalizariam a marca de seu Blues. Com a explosão do blues em Chicago e o advento da eletricidade na música, o blues atingiu um patamar novo, deixando de ser restrito a um pequeno grupo, para se tornar cultura popular no sul dos Estados Unidos.

O blues de Chicago

B.B. King

B.B. King

Em meados dos anos 40, começa um período intenso de migração do delta do Mississippi para Chicago, que já ocorria há alguns anos, porém de forma mais escassa. A população negra do sul dos Estados Unidos, procurando fugir da repressão e das condições precárias de vida que lá encontravam, viram em Chicago um lugar para novas oportunidades. Os músicos de Blues que, por essa época, chegavam em grande número a Chicago, encontraram a eletricidade na música, o que possibilitou uma gama enorme de novas possibilidades e os permitiu alçarem vôos mais altos com sua música. Talvez o grande nome dessa nova fase tenha sido o de Muddy Waters, o primeiro a eletrificar todos os instrumentos de sua banda. Com seu blues carregado, poderoso e intenso, Muddy Waters é talvez, junto com Robert Johnson, a figura mais influente e popular do blues americano, sendo o primeiro bluesman a ter seu nome reconhecido fora dos Estados Unidos, sobretudo na Inglaterra, onde influenciaria posteriormente o surgimento de diversas bandas importantes como The Beatles, Yardbirds e The Rolling Stones. Essa última inclusive teve seu nome baseado em uma música de Muddy Waters, Rollin' Stone. Waters compôs e/ou interpretou inúmeros clássicos máximos do blues como Baby Please Don't Go, I Can't Be Satisfied, Honey Bee e Hoochie Coochie Man, entre muitas outras. Sua importância no desenvolvimento do blues como gênero dominante no cenário mundial é tão grande que é necessário um capítulo à parte para descrever toda a sua obra.

Outro grandioso nome do blues surgido nesse período foi o de Willie Dixon. Um dos poucos baixistas líder de banda do Blues, Dixon é considerado o "poeta do blues", já que suas letras se tornaram hinos da cultura bluesística. Sem dúvida é o mais importante compositor da segunda geração do blues. É dele a composição de um dos maiores clássicos, Hoochie Coochie Man, que se tornou famosa na versão de Muddy Waters. Entre outros clássicos estão You Shock Me, I Can't Quit You Baby, Little Red Hooster (composição em parceria com Howlin' Wolf), Spoonful e Back Door Man.

Não menos importante foi o nome de Howlin' Wolf. Guitarrista e gaitista de origem, ficou famoso por sua voz rouca e de um blues bastante swingado. Definiu um estilo impossível de não ser reconhecido, que influenciaria de forma marcante posteriormente músicos como Eric Clapton, Jeff Beck e Stevie Ray Vaughan. Suas parcerias com Willie Dixon renderam verdadeiras obras primas, além de composições conjuntas. Destaques para The Little Red Rooster e Howlin' For My Baby.

A guitarra elétrica se tornou unanimidade absoluta no blues, nesse período, porém nenhum outro nome consagrou tanto a guitarra solo como elemento central do blues quanto B.B. King. Influenciado diretamente por T-Bone Walker, outro virtuose da guitarra solo, B.B. King criou um estilo único e quase inigualável de frasear o instrumento, de forma pura e melódica como poucos conseguem. O seu vibrato tornou-se marca registrada, dando aos solos de guitarra uma forma quase verbal. Sem falar de seu vocal-tenor que muitas vezes se destacava mais que o próprio instrumento. Influenciando praticamente todos os guitarristas que vieram posteriormente, é classificado, merecidamente, como o "rei do blues". De fato, blues e B.B. King hoje são termos quase inseparáveis.

Inevitável não citar a figura de John Lee Hooker, que se identificaria posteriormente pelo seu Booggie, e seu estilo falado de cantar, que se tornaria sua marca registrada. Porém sua importância no blues vai muito mais além do que apenas uma vertente adjunta. Além de ter sido um dos primeiros a eletrificar a guitarra no blues, John Lee Hooker foi o percursor do Blues de Chicago, antes mesmo de Muddy Waters ganhar renome e importância, e suas obras foram de total referência na estilo Rock que estava nascendo.

Os anos 60 e o blues britânico

Um dos momentos mais marcantes do blues foi a apresentação de Muddy Waters em Londres no início dos anos 50. Foi um marco, pois dali em diante o blues ganharia renome internacional e influenciaria o surgimento de novas vertentes musicais, especialmente o rock n' roll. Logicamente Chuck Berry é indiscutível como iniciador do modelo rock, porém sua origem é absoluta no blues, ainda mais na música de Waters. Mas foi o reconhecimento do blues na Inglaterra nos anos 50 que alavancaria o nascimento de uma revolução na história da música ocidental. E foi da fusão do blues, com essa nova vertente, o rock, que nasceria o gênero que marcaria em essência toda a nova geração de músicos que surgia no cenário mundial. Era o blues-rock. Bandas como Beatles, Rolling Stones, Yardbirds e mais posteriormente Cream, Fleetwood Mac, Jeff Beck e Led Zeppelin teriam suas raízes totalmente fundadas no blues elétrico de Chicago. Talvez o grupo de maior importância no recém surgido cenário blues britânico tenha sido John Mayall and the Bluesbreakers, que além de ter grande influência no crescimento do blues dentro do país, foi a banda-alçapão de músicos que viriam a se tornar importantíssimos nesse cenário musical em ascensão, como Eric Clapton, que posteriormente viria a formar o Cream, Peter Green que sairia do grupo para ser líder e compositor do Fleetwood Mac, e Mick Taylor, que seria requisitado como guitarrista dos Rolling Stones. E, com o reconhecimento mundial desses músicos, os nomes clássicos do folk-blues americano como Robert Johnson, Son House, Muddy Waters, Howlin' Wolf e B.B. King passaram a ser referências diretas. Foi no Newport Folk festival de 1963 que o blues teve seu auge, com a apresentação de diversas figuras consagradas do estilo. Daí em diante praticamente todos os músicos dos mais diversos estilos provenientes do rock e blues regravaram clássicos antigos. O Led Zeppelin, em seu primeiro álbum gravou uma série de composições de Willie Dixon, porém incluindo como autoria própria, o que resultaria em uma batalha judicial, que obrigaria a banda a identificar Dixon como autor original.

Na América, os efeitos foram diretos, e músicos como Creedence Clearwater Revival, The Doors, Bob Dylan e Jimi Hendrix desenvolveram seus estilos próprios fundamentados nas raízes do blues. Internamente, nomes como Albert King, Freddie King e Buddy Guy, iniciaram uma mudança na sonoridade do blues, juntando elementos típicos do rock, a guitarra distorcida e pesada, com o som tradicional, o que levaria alguns puristas a rejeitarem essa nova "moda" que contrariava o purismo tradicional da música.

O renascimento nos anos 80

Durante o anos 70, o blues, como forma predominante de influência musical, que havia influenciado o surgimento de diversas outras tendências, ia perdendo espaço cada vez mais para os elementos eletrônicos e especialmente da era disco. Até meados dos anos 80 o blues quase inexistia como estilo musical. As aparições dos músicos clássicos de Chicago eram cada vez mais esporádicas, e a própria nova moda rejeitava a sua tendência não comercial contrastante com a fase "Dancing" dos anos 80. Porém foi com o guitarrista texano Stevie Ray Vaughan, que o blues ganhou novas forças. Virtuoso e intenso ao tocar, Vaughan trouxe à tona um estilo até então adormecido, regravando clássicos e criando uma marca própria, unindo elementos típicos do blues de Chicago de Albert King, B.B. King e Howlin' Wolf, com o virtuosismo de Jimi Hendrix. Medalhões apagados como B.B. King, Eric Clapton e outros voltavam a ser referências, e Vaughan foi o responsável por essa nova fase. Vaughan gravou quatro álbuns de estúdio, e neles estão composições que se tornaram referências ao blues e suas vertentes. Suas interpretações variavam do blues tradicional (Pride and Joy, Texas Flood), ao jazz cool (Stang's Swang, Riviera Paradise), passando por soul music (Life Without You), funk-rock (Could't Stand't The Weather) e shuffle (Rude Mood). Após a sua morte prematura em 1990, o blues nunca mais teve a mesma força e influênca que teve em tempos passados, e por isso seu nome é lembrado como um verdadeiro herói na história do blues. Coincidentemente ou não, o desaparecimento gradativo do blues no cenário mundial nos anos 90, coincidiu com a queda de praticamente todas a vertentes musicais expressivas, que foram cedendo espaços a estilos comerciais voltados para a mídia e para o marketing, pouco preocupados com uma expressão artística e cultural, da música como forma de transmissão de idéias e emoções, o que levou a uma queda acentuada na qualidade artística das composições musicais nesse final de milênio. Porém numa proporção mais restrita, novos músicos de blues surgem no cenário musical americano como Keb' Mo' e Corey Harris, mas ainda longe de ser expressivo e significativo como outrora fora.

Blues de dança

Blues é também o nome do estilo de dança informal conhecido por “swing dancing”, estilo sem padrões fixos e principalmente baseado no contacto, sensualidade e improvisação.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

PRINCE é MUITO FODA!!!


BAH! Quem naum viu o dvd do cara ta de touca! o cara é o cara toca muito dança e canta como ninguém! (jkay q o diga né!) enfim um pouco + do homi...

Prince Rogers Nelson nasceu em 7 de junho de 1958 em Minneapolis, Minnesota, EUA. É um talentoso multiinstrumentista, músico e dançarino. Sua música mescla diversos gêneros musicais como funk, R&B, soul, new wave, jazz, rock, pop e hip hop.

Prince tem a habilidade de juntar elementos de todos estes estilos musicais fazendo uso de sintetizadores e baterias eletrônicas desde o início de sua carreira no fim dos anos 70, tornando conhecido o som de Minneapolis, que influencia muitos artistas até hoje.

Prince tem a reputação de ser um workaholic, seja trabalhando em suas músicas ou produzindo outros artistas até o ponto de deixar muito material inédito na gaveta. Considerado um perfeccionista, Prince tem a imagem de uma pessoa difícil de se trabalhar e por ser altamente protetor de sua música. Escreve, compõe e produz todas as suas músicas. Também toca todos os instrumentos em seus álbuns. Muitos críticos elogiam seu trabalho por sua versatilidade em compor, tocar, cantar e dançar, fazendo de sua performance em palco algo extraordinário.


Biografia

Prince Rogers Nelson é filho de John L. Nelson e Mattie Shaw. Seu pai tocou em um trio de jazz chamado Prince Rogers Trio, daí a inspiração para seu nome. Em uma entrevista à revista Rolling Stone em 1985, Prince declarou que seu pai é descendente de afro-americanos e sua mãe é branca, mistura de várias etnias. Após o nascimento de sua irmã, Tika Evene em 1960, os pais de Prince foram se distanciando até se separarem. Sua mãe se casou novamente mas a convivência com seu padastro não era boa, o que o fez morar momentaneamente com seu pai, que lhe comprou a primeira guitarra. Nesse tempo, Prince fez amizade com uma família vizinha, os Andersons, especificamente com o filho deles, Andre Anderson. Prince e Andre se juntaram ao primo de Prince, Charles Smith e formaram uma banda chamada Grand Central. Prince se encarregou da parte instrumental da banda, tocando em pequenos clubes de Minneapolis. O conhecimento musical de Prince foi se desenvolvendo e logo ele se tornou o principal membro da banda e também o vocalista. Era então influenciado por James Brown, Jimi Hendrix e Sly and Family Stone.

Em 1976, Prince começa a trabalhar como aprendiz no estúdio de Chris Moon, que o apresenta a Owen Husney. Husney percebe o potencial de Prince e investe em sua carreira junto com Pepe Willie. O primeiro álbum de Prince sai pela Warner Bros. em 1978 e chama-se For You. Todas as músicas deste álbum foram escritas e executadas por Prince, exceto Soft and Wet. O álbum teve vendagem modesta, não entrando nem entre as 200 da Bilboard, sendo Soft and Wet o único hit que até foi bem executado nas paradas R&B.

Em 1979, Prince organizou sua banda com Andre Cymone (nome artistico de Andre Anderson) no baixo, Gayle Chapman e Matt Fink nos teclados, Bobby Z na bateria e Dez Dickerson na guitarra. Prince propositalmente formou uma banda multi racial, misturando brancos e negros como uma banda que o influenciou muito, Sly and Family Stone. Seu segundo álbum, entitulado " Prince" entrou no Bilboard 200 e teve dois hits, Why You Wanna Treat Me So Bad ? e I Wanna Be Your Lover.

Estes dois hits foram tocados ao vivo em 26 de Janeiro de 1980 na tv no programa American Banstand. Prince chamou a atenção pelas suas roupas coloridas, que vestiam seu 1,60 de altura, turbinados pelas botas de salto alto. Quando questionado pela imprensa a respeito de seu figurino, ele declarou que se sentia bem com seu visual. Em seus primeiros anos Prince se vestia provocantemente. Esta ostentação e o fato de se expressar sexualmente no palco e nas letras de suas músicas fizeram o público questionar sua orientação sexual. Isto lhe trouxe problemas como na ocasião em que abriu os shows dos Rolling Stones em Los Angeles no Los Angeles Coliseum em 1981, quando a platéia atirou lixo nele quando vestia um casaco e cueca, sendo vaiado até sair do palco. Em 1980, Prince lança Dirty Mind, seu terceiro álbum. Na banda, Lisa Coleman substitui Chapman, que sai após seus principios religiosos falarem mais alto em protesto às letras de teor sexual de Prince. Dirty Mind é notavelmente conhecido por seu conteúdo sexualmente explícito. Prince abriu os shows para Rick James em 1980 sob o rótulo de "punk funk" aplicado a ambos.

Controversy é lançado em 1981, com o single de mesmo nome entrando pela primeira vez nas paradas internacionais em fevereiro de 1981. Prince simultaneamente à sua carreira, também produz o álbum da banda The Time de Morris Day, colaborando com Vanity, Apollonia e Sheila E. Escreveu hits para artistas como Sheena Easton e The Bangles. Suas músicas receberam covers de Tom Jones, Chaka Khan e Sinéad O´Connor, com Nothing Compares To You de 1990.

Gravou ainda com Madonna, Cindy Lauper, Kate Bush, Rosie Gaines e Sheryl Crow. Como compositor, uma curiosidade é a canção "Manic Monday", da extinta banda californiana feminina Bangles (liderada por Suzanna Hoffs), que Prince compôs sob o pseudônimo de Christopher.

Prince na década de 80 teve a banda The Revolution acompanhando-o e na década de 90 formou The New Power Generation. Em 1982 lança 1999, um álbum duplo que vendeu mais de 3 milhões de cópias. Os hits deste álbum, como Little Red Corvette e 1999 o consagraram como um dos principais artistas negros da época, ao lado de Michael Jackson e Lionel Richie na ainda iniciante MTV. Delirious, outro hit, alcançou o top 10 da Bilboard Hot 100.

Mas é em 1984 que Prince dá a cartada final para se tornar um superstar. Purple Rain é lançado junto com o filme de mesmo nome. O disco vendeu mais de 13 milhôes de cópias e ficou 24 semanas consecutivas na parada do Bilboard 200. O filme, definido pelo crítico Joe Queena como "sexista, juvenil e mentecapto", arrecadou somente nos EUA, 80 milhões de dólares nas bilheterias. Purple Rain provou que Prince era um sucesso, um superstar. Duas faixas de Purple Rain, "When Doves Cry" e "Let´s Go Crazy" chegaram ambas no topo dos singles dos EUA e viraram hits internacionais, enquanto a faixa título chegaria ao número 2 do Bilboard Hot 100. Simultaneamente, Prince aparecia como estrela do filme, single e álbum número 1 dos EUA. Prince ganha ainda o prêmio de melhor canção original da Academia por Purple Rain além de melhor trilha sonora de filme, e o álbum foi escolhido pela Rolling Stone como um dos 500 melhores álbuns de todos os tempos.

Mas nem tudo era sucesso, e em 1986 Prince lança seu segundo filme Under The Cherry Moon, que foi um retumbante fracasso, que lhe fez ganhar o "Framboesa de Ouro", prêmio dado ao pior ator daquele ano. Antes, em 1985, Prince lança Around The World In A Day, que chegou ao número 3 das paradas americanas. A faixa "Raspberry Beret" chega ao número 2 do Bilboard Hot 100.

Em 1986, Prince grava Parade, que foi trilha sonora do filme Under The Cherry Moon, sendo a faixa "Kiss" número 1 da parada norte-americana. Sign O´The Times, lançado em 1987 como álbum duplo recebe várias críticas positivas e entra para a lista dos 100 melhores álbuns de todos os tempos da Rolling Stone e da revista Time, sendo eleito ainda o melhor dos anos 80. Em 1987 Michael Jackson convida Prince para um dueto em seu álbum Bad, mas diferenças artísticas puseram fim ao projeto.

Também em 1987 Prince lança The Black Album, feito para o público negro que supostamente ele perdera por ter feito muitos álbuns "brancos". Misteriosamente este álbum foi cancelado e seria lançado oficialmente somente em 1994. Seu álbum seguinte, Lovesexy desaponta nas paradas, chegando apenas em décimo primeiro. Em 1989 Prince volta ao número 1 com o hit "Batdance" da trilha sonora do filme Batman. Seu álbum seguinte Graffiti Bridge fica em sexto nos EUA e em primeiro na Inglaterra. lgou Diamonds And Pearls, álbum lançado em 1991, marca a estréia de sua nova banda, New Power Generation. Seu álbum seguinte, décimo segundo de sua carreira, chama-se The Love Symbol Album, que chega ao décimo lugar da parada americana.

Em 1993, ele mudou seu nome para , um símbolo impronunciável, que junta os símbolos masculino e feminino e que usou até 2000. Como o nome é impronunciável, ele preferia ser chamado " o artista anteriormente conhecido como Prince " ou simplesmente "o Artista". Prince tomou esta atitude por causa da briga judicial com sua gravadora Warner Bros. a respeito dos direitos sobre suas músicas. Em 1993, por requisição da Warner Bros., Prince lança uma caixa com 3 CDs chamada The Hits/The B-Sides. Lançado em 1994, Come foi um fracasso comercial.

Em 1995 lançou "The Gold Experience" que emplaca um único hit "The Most Beautiful Girl In The World". Seu álbum seguinte Chaos And Disorder é o último pelo selo Warner Bros. Livre das obrigações contratuais, lança ainda em 1996 o álbum Emancipation.No Valentine´s day de 1996 Prince se casa com Mayte Garcia, uma dançarina de sua banda. Em 1997 nasce seu filho, mas infelizmente morre após o nascimento, vítima de uma rara doença. Este evento trágico desencadeou problemas conjugais que levaram a anulação de seu casamento em 1998.

Em 2003, alguns anos após o término do seu casamento e a morte de seu filho, Prince divulga à imprensa internacional que havia se tornado Testemunha de Jeová e que iria se dedicar a este novo aprendizado.

Em 2007 lançou o CD Planet Earth , do qual no lançamento ofereceu três milhões de cópias com a edição de 15 de Julho do jornal britânico Mail On Sunday


Sufismo???? Ãhm!!!

O sufismo (árabe: تصوف, tasawwuf; persa:صوفی‌گری Sufi gari) é a corrente mística e contemplativa do Islão. Os praticantes do sufismo, conhecidos como sufis ou sufistas, procuram uma relação directa com Deus através de cânticos, música e danças.

O termo sufismo é utilizado para descrever um vasto grupo de correntes e práticas. As ordens sufis (Tariqas) podem estar associadas ao islão sunita, islão xiita ou uma combinação de várias correntes. O pensamento sufi nasceu no Médio Oriente no século VIII, mas encontra-se hoje por todo o mundo. Na Indonésia, actualmente a nação com maior número de muçulmanos, o islão foi introduzido através das ordens sufis.

Etimologia

Para alguns autores, a palavra é oriunda de suf que significa "lã" em árabe. Aparentemente, seus primeiros praticantes tinham por hábito vestir-se com lã, como forma de demonstrar a sua simplicidade, sendo provavelmente influenciados pelos ascetas cristãos da Síria e da Palestina. A lã possuía também uma conotação espiritual nos tempos pré-islâmicos.

Para outros autores a origem deve ser procurada na palavra árabe safa, que significa "pureza".

Seja como for, estas palavras têm origem no egípcio antigo, onde as palavras SOF, SEF, SAF, SUF E SIF todas tem como significado PUREZA. Portanto, a palavra SUFI é de origem substancialmente egípcia, mas isto não quer dizer que o Sufismo seja egípcio, embora tenha conexões com a sabedoria do Egito Antigo; a forma como o conhecemos hoje foi dada pela revelação recebida pelo Profeta Maomé, no século XII de nossa era. O Sufismo é a corrente esotérica do Islão.

Sufi: apenas um apelido

Conhecido por muitos como o misticismo do Islã, o sufismo é uma filosofia de autoconhecimento e contato com o divino através de práticas meditativas, retiros espirituais, danças, poesia e música. Os sufis acreditam que Deus é amoroso e o contato com ele pode ser alcançado pelos homens através de uma união mística, independente da religião praticada. Por este conceito de Deus, foram, muitas vezes, acusados de blasfêmia e perseguidos pelos próprios muçulmanos exotéricos, pois contrariavam a idéia convencional de Deus.

Hallaj (séc. X), um dos grandes representantes do sufismo, foi executado, pois ensinou, em estado de êxtase, que Deus e ele eram um; que havia atingido a identidade suprema. Como o ideal do sufismo era ascético, acreditavam que Jesus era tão importante quanto Maomé, que o Alcorão era tão essencial quanto a Bíblia ou a Torá. Quase um século e meio depois, Ghazali, um dos maiores pensadores do mundo e seguidor sufi, disseminava a idéia de que a verdade mística não pode ser aprendida, mas sim experimentada por meio do êxtase.

Para os sufis a origem histórica da sua religiosidade pode ser encontrada nas práticas meditativas do profeta Maomé. Este tinha por hábito refugiar-se nas cavernas das montanhas de Meca onde se dedicava à meditação e ao jejum. Foi durante um desses retiros que Maomé recebeu a visita do anjo Gabriel, que lhe comunicou a primeira revelação de Deus.

Encontramos seguidores desta corrente em todos os segmentos sociais: camponeses, donas-de-casa, advogados, comerciantes, professores. Sua filosofia básica é: "Estar no mundo, mas não ser dele", livre da ambição, da cobiça, do orgulho intelectual, da cega obediência ao costume ou do respeitoso amor às pessoas de posição mais elevada.

As ordens sufis

A ordem Chishti

Deve o seu nome a Khaja Mu´in al-Din Chisti, oriundo do Afeganistão mas que se fixou na cidade indiana de Ajmer, onde ensinou um grande número de discípulos. Estes discípulos iriam por sua vez criar centros por todo o subcontinente indiano através dos quais difundiram os ensinamentos de Chishti.

O dhikr (forma de meditação) característico desta ordem é um tipo de interpretação musical chamado qawwali, no qual um grupo de músicos entoa cantos religiosos num ritmo sincopado.

A ordem Mevlevi

Dervixes rodopiantes realizam os seus rituais místicos no Museu Mevlana em Konya, Turquia.

Dervixes rodopiantes realizam os seus rituais místicos no Museu Mevlana em Konya, Turquia.

Esta ordem deve o seu nome ao poeta Jalal al-Din Rumi, chamado Mevlana em turco (século XIII). Encontra-se geograficamente circunscrita à actual Turquia e aos Balcãs.

Nas suas práticas dhikr atribuem grande importância à música e à dança.

O exercício de meditação da ordem, denominado sama, envolve a recitação de orações e hinos, após os quais os participantes realizam voltas à sala, numa dança em que abrem os braços à altura dos ombros, com a palma da mão direita virada para cima e a da mão esquerda para baixo. Os membros desta ordem são mais conhecidos no Ocidente como os "dervixes rodopiantes".

A ordem Naqshbandi

Largamente presente no mundo islâmico, esta ordem recebeu o nome de Baha al-Din Naqshband, um erudito sufi natural do Uzbequistão. Ao contrário das outras ordens, não consideram essencial retirar-se da sociedade. Muitos membros desta ordem desempenham um importante papel de assistência social em países islâmicos.

Consideram como fundamentais oito princípios:

  • Ter consciência da respiração;
  • Ver por onde se caminha;
  • Viajar interiormente;
  • Experimentar a solidão no meio da sociedade humana;
  • A recordação;
  • O refrear dos pensamentos;
  • O controlo dos pensamentos;
  • A concentração no Divino.

Nos últimos anos um ramo desta ordem, a do xeque Nazim e do seu sucessor xeque Hisham Kabbani, tornou-se muito activa nos Estados Unidos, não sem gerar controvérsia; para os seus críticos o grupo presta um culto de personalidade ao seu mestre que é contrário aos ensinamentos do Islão.

O caminho sufista na história do homem

O sufismo pode ser dividido historicamente nos períodos antigo, clássico, medieval e moderno. Um dos fatos marcantes do período clássico foi à crucificação de Husayn ibn Mansur al-Hallaj, acusado de heresia, em 922, após declarar "Eu sou a verdade".

Foi na época medieval, entretanto, que os sufistas aprenderam a disfarçar em poesias complexas qualquer afirmação que pudesse ser considerada um desafio à crença do "Deus Único". Assim, só mesmo os esclarecidos podiam decifrá-las.

Durante a Idade Média, Abu Hamid al-Ghazzali (1059-1111) afastou-se da vida mundana para empreender uma busca por Deus. Seus escritos ajudaram a combinar os aspectos heréticos do sufismo com o islamismo ortodoxo. Em números, os sufistas atingiram o auge na era moderna, entre 1550 e 1800. Hoje o sufismo é, muitas vezes, praticado em segredo nos países muçulmanos, enquanto na Índia e em muitos países do ocidente ele comanda um fiel grupo de seguidores

Youssou N'Dour ?????

Youssou N'Dour (Dakar, 1º. de outubro de 1959) é um compositor, intérprete e músico senegalês.

Nasceu e cresceu no bairro da Medina em Dakar. Muçulmano e seguidor do sufismo, é pai de vários filhos e tinha duas esposas (Mamy Camara e Aïda Coulibaly). Em junho de 2007, divorciou-se da primeira, Mamy, com quem teve quatro filhos, depois de 17 anos de casamento.

Trabalhou com artistas de renome como Peter Gabriel, Paul Simon e o camaronês Manu Dibango.

Uma das suas canções mais famosas é Seven Seconds, que gravou com a cantora Neneh Cherry. Em 1998, compôs o hino para as fases finais da Copa do Mundo, La Cour Des Grands, que canta com a cantora belga Axelle Red. Compôs também a trilha sonora do filme de animação Kirikou e a feiticeira (1998).

Youssou N'Dour, em 2004, na Fête de l'Humanité, organizada anualmente pelo jornal L'Humanité.
Youssou N'Dour, em 2004, na Fête de l'Humanité, organizada anualmente pelo jornal L'Humanité.

Politicamente engajado, organizou em 1985 um concerto pela liberação de Nelson Mandela, no Estádio da Amizade, em Dakar. Também organizou vários concertos em benefício da Anistia Internacional. Embaixador de boa vontade para as Nações Unidas e para a UNICEF, foi também eleito embaixador embaixador da Organização Internacional do Trabalho.

Em 2004 participou do CD Agir Réagir em favor das vítimas do terremoto que atingiu a região de Al-Hoceima, no Marrocos.

Youssou N'Dour sempre se manteve fiel às suas origens e continua morando em sua cidade natal.

terça-feira, 1 de julho de 2008

DJEMBÊ? QUÊ?

Acima um tradicional, possue corpo de madeira e pele natural.

Well, quem foi no show do Ben teve a oportunidade de ver um tocador de jembê de verdade - Leon Moley - enfim quem naum foi ao show terá outra chance parece que vem de novo - imperdível. Se vc naum conhece o instrumento aqui vai o bizú! Inté!

Djembê (também chamado de djimbe, jembe, jenbe, yembe e sanbanyi) é um tipo de tambor originário de Guiné na África ocidental. O instrumento é muito antigo e até hoje é importante nas culturas africanas, sobretudo na região mandingue, que compreende os países Mali, Costa do Marfim, Burkina Faso, Senegal e Guiné.

O djembê é um instrumento musical de percussão (membranofone) que possui o corpo em forma de cálice e a pele tensionada na parte mais larga, que pode variar de 30 a 40 cm de diâmetro.


Execução

Um djembê moderno, com pele sintética

Um djembê moderno, com pele sintética

O som do djembê é obtido por percussão direta com as palmas das mãos. Devido à grande largura e ao formato do instrumento, é possível obter uma grande gama de sons diferentes. Próximo ao centro o som é grave e vibrante. Próximo ao aro é mais agudo (quase metálico). Nuances de som podem ser obtidas por um músico experiente, ao tocar com a palma das mão ou as pontas dos dedos. Uma das mãos pode ainda ser usada para abafar a pele enquanto a outra a percute, o que produz variações de timbre entre as notas. O djembê é tocado com o músico sentado com o instrumento entre as pernas ou em pé. Nesse caso o tambor é sustentado por alças presas ao ombro e fica abaixo da cintura do executante. O formato de cálice permite que o músico se movimente livremente executando passos de dança enquanto toca.


Le geant du djembe



Adama Dramé é um importante djembefolá, nascido na Costa do Marfim com uma vasta discografia. Le geant du Djembe é um disco repleto de conversas interessantes e inusitadas entre os instrumentos, lançado em 1999 pelo selo Playasound, traz um pouco da música popular africana... locura e dança garantida! Entra as músicas destaco Douba que gosto muito.

01. Sababou
02. Tama
03. Douba
04. Dia
05. Francs-Français
06. Lonanba
07. GnaGna
08. Chloe
09. Bonza
Link parte 1
Link parte 2


Obs.: com todo respeito retirado do blog: http://notasagudas.blogspot.com/

SIM...