segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

SOULIVE!!!! REFERÊNCIA???? TE LIGA BICO!!!


Guitarra, teclado e bateria. Esses três instrumentos foram suficientes para que os integrantes do Soulive injetassem uma nova dose de vitalidade ao jazz contemporâneo.

Formado por Eric Krasno (guitarra) e pelos irmãos Neal (teclados) e Alan Evans (bateria), três excelentes instrumentistas da nova geração do jazz norte-americano, o Soulive consegue fundir virtuosismo à levadas dançantes capazes de contagiar platéias exigentes.

Essa mistura balanceada, criada a partir de estilos como jazz, funk, soul e hip hop, garante ao trio trânsito livre nos mais variados universos musicais. Não foi à toa que eles já dividiram o palco com dinassauros do rock como os Rolling Stones, com grupos de hip hop como o The Roots, e com o pop rock da Dave Matthews Band.




Pra quem não conhece, fiquem sabendo que o Soulive é um trio (agora quarteto) formado no final dos anos 90 por uma garotada que se entupiu de ouvir velhas bolachas de Souljazz dos anos 60. Doses nada homeopáticas de Grant Green, Lou Donaldson e muito Jimmy Smith, Hammond Groove misturado com a barra pesada do funk tipo JB Horns, Funkadelick, Kool & The Gang e Graham Central Station. Ou seja a nata da Blue Note com o peso da Stax Records. Os irmãos Alan (batera) e Neal (hammond, clavinets e demais tranqueiras santas de época) Evans se juntaram ao branquela com sangue e pegada de Grant Green oriundo de outra banda funky altamente recomendável – Lettuce – Eric Krasno e começaram a fazer nome abrindo e tocando com gente como John Scofield, Maceo Parker, Derek Trucks e Robben Ford.

Foram durante oito anos (a idade do moleque) uma banda eminentemente instrumental. Era o que eu esperava ouvir enquanto já via os preparativos de Alan e principalmente Neal que alucinava em linhas de baixo tiradas direto de sua tecladeira. A maré começou a subir e o povo a chegar. De tudo um pouco em muita quantidade. Famílias, senhores encanecidos que só faltavam trazer um exemplar de "Kind of Blue" debaixo do braço, neo hippies descalços e um ou outro que pareciam (tanto pela idade quanto pelo olhar) ter chegado de Woodstock a pé. A Maresia começou a dominar e me deparei com uma figuraça esguia que estava literalmente dentro dágua (em todos os sentidos) procurando com um cajado multicolorido possivelmente a direção da Jamaica. Dreads na cabeça, um colar que estampava a Mama áfrica no peito e óculos escuros que refletiam o brilho de um poente agora eminente.

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