quinta-feira, 27 de outubro de 2011

DREADS NA CABEÇA

Dreads na Cabeça - Revista Raça Brasil


Dreads na cabeça
Eles são sinônimos de luta, imponência e respeito, porém, exigem cuidados em sua criação e manutenção. A boa notícia é que uma nova técnica em São Paulo permite dreads com aparência de verdadeiros e que podem ser retirados sem cortar o cabelo antigo. Que tal?TEXTO E PRODUÇÃO SIMONE DIAS FOTOS RAFAEL CUSATO MAQUIAGEM REGIANE CERCHINI
No mundo moderno o que vale é a praticidade, mas sem perder o estilo. A maioria das pessoas, principalmente mulheres que usam cabelos mais longos, admira e quer aderir ao visual dreadlocks, ou simplesmente dreads. Mas o medo de ter de cortar o cabelo bem curto inibe a mudança radical. Difícil decisão! Pensando nisso, a cabeleireira Chris Oliveira, da Cia das Tranças, em São Paulo, inventou uma nova técnica que não exige nenhum sacrifício. “Criei esse dread que pode ser tirado depois sem danificar em nada o cabelo. Tem a aparência de verdadeiro e pode ser usado por até seis meses, fazendo manutenção a cada dois meses, em salão”, diz Chris. Em outras palavras, não é preciso cortar o cabelo antigo quando não quiser mais usar o dread.
"PENSANDO EM UMA SOLUÇÃO CRIEI ESSE DREAD QUE PODE SER TIRADO DEPOIS SEM NADA DANIFICAR O CABELO, TEM A APARÊNCIA DE VERDADEIRO E PODE SER USADO POR ATÉ 6 MESES, FAZENDO MANUTENÇÃO A CADA 2 MESES”



O processo se resume em trançar o cabelo com apoio de lã e depois cobrir a trança com cabelo sintético da Kanekalon-afrelle que é uma fibra com aparência de cabelo mais crespo e uma textura suave.
O processo todo ainda é mantido em segredo, mas ela garante que o cabelo não sofre dano nenhum. Ufa! Uma ótima alternativa para quem quer usar e retirar após alguns meses





VANESSA CORREIA, ANALISTA FINANCEIRA, 28 ANOS, SÃO PAULO: “desde 2004 vinha procurando novos “looks”, quando me deparei com a Cia das tranças by Chris, a partir daí dei inicio as minhas transformações... Comecei usando os dreads sintéticos. E atualmente, uso os dreads criado por Chris, um método de aplicação rápido, sem dor e prático para correria do dia-a-dia.”








ANDRÉ MILAGRES, MODELO E EMPRESÁRIO, 24 ANOS, CURITIBA-RS: “Eu adorei o novo visual, minha agência adorou também, quando resolvi fazer a matéria não imaginei que iria gostar tanto. Resolvi manter os dreads por um bom tempo. No sul tem muitos negros e brancos que fazem dreads, é moda por lá. Não tive ainda contato com o preconceito em relação as dreds, só elogios!”









Outras Opções
Dread tradicional – É o método mais difícil de fazer, exige tempo e dedicação, mas é a forma natural, aquela usada por civilizações antigas. O processo consiste em lavar os cabelos com xampu e, à medida que crescem, ir enrolando com a palma das mãos, formando os dreads. Recomenda-se lavar somente após 15 dias. Atenção: este método exige cabelos curtos (outros tipos podem não dar a forma básica) e fica difícil mantê-los limpos.
Dread com cera - Pode ser feito em qualquer tipo de cabelo, mas é necessário um comprimento acima de 10 centímetros, no mínimo. O processo consiste em dividir o cabelo em pequenos tufinhos de dois centímetros mais ou menos e embaraçar os cabelos com um pente de ferro, penteando da raiz as pontas. Depois, com todo o cabelo dividido e embolado, aplica-se a cera em cada um dos dreads, para fixá-los. Esse método exige manutenção de cera e que os dreads sejam enrolados frequentemente com as palmas das mãos. Para retirá-lo, só cortando. “Muito cuidado na hora de escolher a cera. Ela deve ser especial, preparada para esse tipo de trabalho. A cera é um produto como qualquer outro, tem validade e não sai mais do cabelo se o produto for ruim, gerando alguns problemas como irritação no couro cabeludo, queda de cabelo, mau cheiro, entre outros”, diz ivan tchagas, dreadmaker do grupo O Rappa.
Dread com agulha – É o processo mais comum e recomendado atualmente, segundo Ivan Tchagas, dreadmaker do grupo O Rappa. É dolorido, mas o resultado é bem superior, obtendo dreads compactos e limpos. “Deve-se estudar o trabalho do profissional antes de fazer. Exige cuidado e atenção para não machucar o cliente, diz. Divide-se o cabelo e penteia, como no processo com cera, da raiz as pontas. Após, costura-se com uma agulha de crochê. A manutenção frequente é muito recomendada para corrigir problemas (como os fios que soltam com o tempo) e dar aparência de novo.

“Depois que passei a usar os dreads, muita coisa em minha vida mudou. Eles trouxeram muitos benefícios, sou referência em eventos. Recebo poucas críticas, que não me abalam. Sou mais eu”, diz Flavio Inocêncio ou Pixote, 23 anos.










Eles são sinônimos de luta, imponência e respeito, porém, exigem cuidados em sua criação e manutenção. A boa notícia é que uma nova técnica em São Paulo permite dreads com aparência de verdadeiros e que podem ser retirados sem cortar o cabelo antigo. Que tal?















TEXTO E PRODUÇÃO SIMONE DIAS FOTOS RAFAEL CUSATO MAQUIAGEM REGIANE CERCHINI





















Cuidados Especiais
Alguns cuidados essênciais para garantir dreads limpos, brilhantes e saudáveis por muito mais tempo.
Lavar com shampoo antiresíduo ou sabonete de côco, ele vai deixar o cabelo livre de impurezas.
Usar sempre um tônico capilar apropriado ao tipo de cabelo. A cabeleireira Chris, da Cia das Tranças, recomenda a linha da tricofort,http://www.tricofort.com.br/
Secar muito bem o cabelo com secador ou ao sol.
Evitar lavar a noite, evitando assim dormir com ele molhados ou úmidos. Isso dificulta a proliferação de fungos prejudiciais aos fios e a sua saúde.
Não deixe de fazer a manutenção no salão a cada 2 meses, garantindo fios bonitos e desfrizados.














Registros apontam que os primeiros povos a utilizar os dreads foram os indianos, núbios, egípicos e africanos. Pela praticidade eles torciam pequenas mechas com as palmas das mãos, utilizando o óleo natural do couro cabeludo, diminuindo o volume e o tamanho natural do cabelo.

Algumas escrituras Vedic, dos seguidores de Shiva, apontam seu início entre 2500 e 500 aC. Alguns egípcios cobriam os dreads com adornos de ouro.

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